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Capital

Ossada: mulher estava grávida e foi esquartejada, suspeita polícia

Renan Nucci | 29/04/2015 09:55
Ossada humana foi encontrada em fossa no Bairro Taveirópolis. (Foto: Divulgação/PC-MS)
Ossada humana foi encontrada em fossa no Bairro Taveirópolis. (Foto: Divulgação/PC-MS)

A medida em que apura o caso da ossada humana encontrada no dia 28 de março dentro da fossa de uma madeireira no Bairro Taveirópolis, em Campo Grande, a polícia encontra novas possibilidades. Segundo o delegado Messias Pires dos Santos Filhos, da 6ª Delegacia de Polícia, agora existe suspeita de que a vítima, identificada até o momento como Marília Débora Caballero, 21 anos, estivesse grávida e de que mais de uma pessoa tenha participado do crime, pois são fortes os indícios esquartejamento.

O corpo foi achado após 12 anos, por um funcionário da madeireira que retirava areia do local. Os restos mortais haviam sido divididos em quatro sacos de ração para cachorro cujo as datas de fabricação são de 2003, mesmo ano apontado pelo número de registro de duas próteses de silicone encontradas. Junto com a confirmação da clínica onde ocorreu o implante, bem como com relatos da mãe, os policiais chegaram ao nome de Marília.

Apesar das evidências, ainda é preciso o resultado do exame de DNA para que haja a confirmação formal. “Esperamos o resultado do laudo comprobatório. Por outro lado, ouvimos de testemunhas que um caseiro frequentava a madeireira para cuidar dos cães de lá. Ele era responsável pelo canil e seria homem de confiança do principal suspeito, que era o namorado da vítima na ocasião. Pode ser que ele tenha ajudado no crime de alguma maneira, mesmo que só para ajudar a esconder o corpo”, explicou.

O suspeito morreu por problemas de saúde na casa de outra mulher com a qual se casou após o desaparecimento de Marília. A a motivação e dinâmica do crime ainda são mistério, mas a polícia acredita em uma possível gravidez. “Ele era casado com outra mulher antes de Marília. Quando eles se envolveram, ele se separou. Testemunhas indicaram que o homem estaria descontente com uma suposta gravidez dela e por isso a matou após tê-la presenteado com as próteses de silicone. Os ossos não têm marcas de tiros, mas ela pode ter morrido com tiros no peito, por asfixia ou esfaqueada”, detalhou.

Desaparecimento - Íria Maidan, 59, contou que a filha desapareceu em 2003, aos 22 anos, quando deixou a família em Sonora para morar em Campo Grande. Uma série de coincidências levou a crer que o corpo seja da jovem, a começar pelo endereço em que ele foi encontrado, o mesmo onde funcionava a madeireira em que ela morava com o namorado.

Segundo a mãe, a garota havia colocado um implante nos seios no mesmo ano em que sumiu. A cirurgia foi paga pelo namorado. O homem era bem mais velho que Marília. O casal se conheceu na época em que a família de Marília morava na Capital. A garota, segundo a mãe, era usuária de drogas e tinha dois filhos pequenos na época.

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