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Capital

Paciente vive rotina de madrugar e não conseguir marcar exame em postos

Viviane Oliveira | 04/11/2013 11:08
(Depois de vários dias sem marcar exame de sangue por falta de material, hoje pela manhã a fila era grande. (Foto: Marcos Ermínio)
(Depois de vários dias sem marcar exame de sangue por falta de material, hoje pela manhã a fila era grande. (Foto: Marcos Ermínio)

Prioridade na campanha de Alcides Bernal (PP), a saúde na rede municipal piorou, de vez, desde que o progressista assumiu a Prefeitura, em Campo Grande, segundo os usuários. Hoje pela manhã, boa parte dos pacientes, que estava na fila para marcar exame de sangue, depois de vários dias que o serviço estava suspenso por falta de material, teve que voltar para a casa sem marcar a consulta.

A dona de casa Salete Beatriz Gomide, 45 anos, foi uma das que foi embora, mais uma vez, sem marcar o hemograma. Ela foi bem cedo para a UBS (Unidade Básica de Saúde) Dr. Arthur Vasconcelos Dias, no bairro Coronel Antonino, mas mesmo assim não conseguiu. “É muita gente para poucas vagas. O jeito vai ser vir de madrugada para conseguir alguma coisa”, diz.

Hoje de manhã, os postos de saúde estavam lotados, porque por vários dias ficou sem fazer exame de sangue por falta de material. “Não consigo marcar, quando não é uma coisa é outra. Na semana passa não tinha material, hoje não tem vaga, vamos ver na próxima vez”, reclama Maria de Fátima da Silva, 53.

Além do exame de sangue, Maria de Fátima aguarda há 4 meses para fazer endoscopia. “Mesmo sem vaga, o posto de saúde deveria agendar o exame, nem que fosse para fazer daqui 3, 4 meses, assim a gente não perderia a viagem e o exame ficaria garantido”, destaca.

Salete foi embora, mais uma vez, sem marcar o exame de sangue. (Foto: Marcos Erminio)
Salete foi embora, mais uma vez, sem marcar o exame de sangue. (Foto: Marcos Erminio)

Na mesma unidade, Rita de Cássia Sauro, 45, aguardava na fila para marcar exame para o marido, Almir. “Ele está com problema no estomago, o médico pediu os exames, mas a gente não consegue marcar”, lamenta.

Ao ligar no posto de saúde para saber o dia que marca exame, o funcionário avisa: tem que ser bem cedo, pois as vagas disponibilizadas são para toda a rede municipal.

Depois de 60 dias tentando, o balconista João Xavier, 59, conseguiu finalmente marcar para fazer o hemograma, porém não conseguiu outros sete exames que o médico solicitou. “A fila é grande, preciso fazer uma série de exames e não consigo vaga”, diz João, que acordou 5h para ir ao posto no bairro Nova Bahia.

Na semana passada, a falta de condições de trabalho nas unidades foi parar nas mãos do MPE (Ministério Público Estadual) após o Sindicato dos Médicos fiscalizar e confirmar o caos na saúde pública, na Capital.

Após várias denúncias, o sindicato foi à Unidade de Pronto Atendimento do bairro Coronel Antonino no dia 20 de setembro. No local, a entidade constatou a falta até de papel para imprimir receitas e fichas de exames.

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