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Capital

Pacientes esperam 8 horas por atendimento no Posto do Guanandi

Jorge Almoas e Viviane Oliveira | 16/02/2011 20:53

Na tarde de hoje, três médicos estavam disponíveis para atender 65 pessoas

Posto do Guanandi recebe pacientes de bairros como Coophavila, Bandeirantes e Tijuca. (Foto: João Garrigó)
Posto do Guanandi recebe pacientes de bairros como Coophavila, Bandeirantes e Tijuca. (Foto: João Garrigó)

O cenário não é novo, mas ainda causa indignação. A espera para atendimento na rede pública de saúde de Campo Grande expõe problemas como falta de pessoal e má condição do trabalho. No Posto de Saúde do Guanandi, um dos maiores da Capital, a espera passava de oito horas nesta quarta-feira.

A reportagem do Campo Grande News esteve no local e flagrou que pelo menos 65 pessoas aguardavam atendimento. No entanto, somente três médicos estavam de plantão no momento.

“Só vim para apresentar um exame e estou aqui desde às 7 horas. Deixei de comer para não perder a vez”, conta a dona de casa Edinalva Azevedo Nascimento, de 72 anos. Depois de oito horas de espera, a idosa finalmente foi atendida.

Vanderley sofre de pressão alta e estava com tontura no aguardo de ser atendido. (Foto: João Garrigó)
Vanderley sofre de pressão alta e estava com tontura no aguardo de ser atendido. (Foto: João Garrigó)

A monitora Adriana Fernandes Kill, 26 anos, acompanhava o marido Wesley, de 23 anos, que estava com suspeita de dengue. O casal havia chegado às 8 horas e sete horas depois ainda esperavam no pátio do posto de saúde.

“A febre dele está aumentando”, comenta Adriana preocupada com o marido. A monitora conta que as informações sobre o estado de saúde de Wesley estão com os médicos desde que chegaram ao posto. “Acho pouco médico para muita gente”.

Dentre as pessoas ouvidas pelo Campo Grande News, a principal reclamação era sobre suspeita de dengue. O auxiliar de limpeza, Levi da Silva Oliveira, de 24 anos, pensa estar com a doença. “Estou sem comer, com dor de cabeça, no corpo e febre. Cadê o médico?”, reclama Levi.

No caso do comerciante Vanderley Marcelino Marques, de 42 anos, a demora era acompanhada de incômodo. “Tenho problema de pressão alta, e estou com muita tontura”, delatou o homem.

“A maioria das pessoas que chegaram junto comigo às 8 horas não foram atendidos ainda”, relata a agente de terminal Vanessa Ferreira Mainate, de 19 anos. Os funcionários do posto de saúde pediam calma aos pacientes, e diziam que os médicos estavam dando preferência aos casos urgentes.

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