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Capital

Padeiros de Campo Grande podem entrar em greve

Paula Maciulevicius | 01/06/2011 18:40

Empresários estão limitados a oferecer reposição da inflação dos últimos 12 meses, correspondente a 6,3%, segundo a classe

Insatisfação da classe pode levar panificadoras a cruzarem os braços. (Foto: Arquivo)
Insatisfação da classe pode levar panificadoras a cruzarem os braços. (Foto: Arquivo)

Os trabalhadores em panificação podem iniciar uma série de paralisações intercaladas nas principais panificadoras de Campo Grande. A greve é resposta a falta de avanço nas negociações salariais, com data base em maio.

Segundo a classe, reunião hoje com o representante do Sindpan-MS (Sindicato da Indústria de Panificação) não teve bons resultados, os empresários estão limitados a oferecer a reposição da inflação dos últimos 12 meses, correspondente a 6,3% do INPCC.

Na proposta de acordo encaminhada pelo Sindmassa-MS (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fabricação de Massas Alimentícias, Biscoito, Macarrão e Panificação do Estado), o pedido é 15% de reposição, o que elevaria o piso salarial de padeiro, salgadeiro, confeiteiro para R$ 900,00.

Nos demais cargos, como cilindreiro, masseiro e forneiro os salários sobem para R$ 740,00; caixa R$ 655,00; balconista, auxiliar de produção e faxineiro R$ 628,00.

“O percentual é pequeno, pois atualmente o piso de entrada da categoria chega ao mínimo nacional, sem nenhum ganho real de salário”, declarou o representante da classe, Fábio Bezerra Salomão.

Segundo Fábio, nas conversas com o Sindpan-MS, já havia a possibilidade do setor patronal conceder 7% no reajuste, porém as negociações retrocederam. O que leva a entidade a convocar assembleia e encaminhar a indicação de paralisação intercaladas nas panificadoras Pão & Tal, Mais Q Pão, Empório, Tiête, Monte Líbano, Breed Pães, Fornello, Pão Bento, Dico e Saborzito.

Já a proposta patronal institui o piso de R$ 583,90 para balconista, auxiliar de produção e faxineiro; R$ 588,50 para Caixa e R$ 686,94 para padeiro, salgadeiro, confeiteiro; cilindreiro, masseiro e forneiro.

“Existe um descontentamento generalizado da categoria com os baixos salários, pois nas padarias cumpre-se jornada de trabalho estressante e se ganha praticamente o salário mínimo”, comenta o sindicalista.

A entidade representativa de cerca 900 dos trabalhadores do setor em Campo Grande.

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