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Capital

Pai desesperado faz protesto silencioso pela guarda compartilhada dos filhos

Ricardo Campos Jr. | 13/10/2015 17:48
Marco Antônio ao lado do cartaz com apelo ao governador Reinaldo Azambuja (Foto: Fernando Antunes)
Marco Antônio ao lado do cartaz com apelo ao governador Reinaldo Azambuja (Foto: Fernando Antunes)

Em silêncio, o radialista Marco Antônio Maciel, 46 anos, aguarda contato com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) na saída da governadoria e promete fazer o mesmo quantos dias forem precisos até conseguir conversar com ele. O objetivo é conseguir ajuda do chefe do Executivo para que use a influência política e destrave o processo de guarda compartilhada que há um ano tramita na Vara da Família de Aquidauana, a 135 quilômetros de Campo Grande.

“Resolvi apelar. Talvez não seja o governador a pessoa mais indicada, mas com o poder de persuasão que tem, com a amizade que tem, resolvi fazer esse apelo a ele”, afirma o manifestante solitário.

Marco Antônio tem dois filhos, de 12 e 6 anos, que moram com a mãe na cidade do interior. Ele afirma que a mulher não o deixa ficar com os garotos, ignorando até mesmo uma liminar que a obriga a permitir contato a cada 15 dias e em feriados intervalados.

“Eu já fiz vários boletins de ocorrência. Ela diz que é a mãe, que tem a guarda e decide quando que vou vê-los”, afirma.

O casal separou-se há cinco anos por motivos pessoais. “Nesse tempo, eu não me lembro de ter ficado um dia das crianças sequer com meus filhos, não me lembro de ter ficado uma festa junina ou um aniversário”, lamenta o radialista.

Ele espera conseguir fazer o caso andar com a intervenção de Azambuja, pois acredita que ele seja a principal autoridade política do estado.

Marco Antônio está esperando o governador em frente ao ponto de ônibus, na saída dos veículos oficiais, pois foi impedido de aguardar em frente ao prédio, zona considerada de segurança pela guarda do local. O único elemento que escancara o tímido protesto é um cartaz escrito à mão em uma cartolina, pregado em uma pequena mesa desmontável, que foi inclusive emprestada pelos funcionários da repartição pública.

O radialista fica no local em horário comercial, parando para almoçar e deixando o local após a saída do chefe do Executivo estadual.

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