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Capital

Pai disse que bateu porque criança não quer estudar e fica na rua até tarde

Luana Rodrigues | 13/09/2016 11:00
Marcas que ficaram nas costas do menino evidenciam a gravidade das agressões (Foto: Direto das Ruas)
Marcas que ficaram nas costas do menino evidenciam a gravidade das agressões (Foto: Direto das Ruas)

Desobediência e estripulias, esses teriam sido os motivos para um pai, de 75 anos, bater no filho, uma criança de 11 anos, no meio da rua. O caso ocorreu na noite desta segunda-feira (12), no bairro Morada Verde - região norte de Campo Grande. A princípio, policiais militares haviam informado que a criança teria 10 anos, mas depois de apuração para identificá-lo, a idade correta foi confirmada pela Polícia Civil.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Paulo Sergio Lauretto, titular da Dpca(Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente ), em depoimento, o idoso contou que cuida do filho sozinho, desde que a criança era um bebê, porque a mãe abandonou a família. “Ele disse que o garoto se recusa a ir para a escola, não obedece, estava na rua fora de horário e que teve que ir buscá-lo na rua, naquele horário, mas acabou se excedendo”, disse o delegado.

O homem estaria embriagado quando tudo ocorreu. O caso foi registrado e será apurado pela polícia como maus-tratos, crime de menor potencial ofensivo, por isso o pai foi ouvido e liberado. “Investigar a conduta dele com relação ao fato de ter se excedido nos meios de correção e disciplina”, explicou Lauretto.

Segundo o delegado, a criança está sob os cuidados de uma irmã maior de idade, temporariamente. O destino do menino será decidido pelo Ministério Público.

Choro e desespero - No vídeo enviado ao Campo Grande News pelo canal Direto das Ruas, é possível ouvir o choro do menino e reclamações sobre dores nas costas. Ele foi socorrido por uma vizinha, que o protegeu até a chegada das autoridades.

Ainda no vídeo, é possível ouvir pessoas dizendo que as agressões são rotineiras e que este caso, devido a gravidade, deveria ser denunciado.

Questionado sobre o motivo das agressões do apis, o garoto responde: "Eu não sei". Na foto, é possível ver as marcas deixadas pela surra. A criança não foi identificada nas imagens.

 

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