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Capital

Pai mobiliza amigos, espalha cartazes e encontra filho desaparecido

Lidiane Kober | 19/11/2013 17:39
Antônio chegou a oferecer recompensa de R$ 200 para localizar o filho desaparecido
Antônio chegou a oferecer recompensa de R$ 200 para localizar o filho desaparecido

Após cinco dias de angústia, o motorista Antônio Paula de Freitas, 60 anos, mobilizou amigos, espalhou cartazes e conseguiu, no último domingo (17), localizar o filho Múcio Paula de Freitas, 23, desaparecido desde terça-feira passada (12). Ele foi encontrado dentro de um lago, em um matagal no Bairro Cerejeira, na saída para Cuiabá.

O jovem sofre de transtornos psiquiátricos e teve um surto no último dia 6, quando tentou suicídio. Uma semana depois, estava prevista viagem a Belo Horizonte para encontrar a mãe e os irmãos. O pai o deixou na rodoviária, mas ele não embarcou no ônibus. No mesmo dia, Múcio enviou mensagem para a mãe, dizendo que tinha desistido da viagem porque precisava fugir de uma “gangue que queria matá-lo”.

Na quarta-feira (13), ele entrou em contato com o pai, por telefone, pedindo socorro. “Ele me disse que precisava dos remédios com urgência e queria que eu fosse buscá-lo em um bar”, relatou Antônio. O dono do estabelecimento passou o endereço e o pai foi atrás do filho na Rua Dr. Cícero de Campos, no Bairro Cerejeira.

Ele, no entanto, precisou de cerca de meia-hora para chegar ao bar e o filho já não estava mais por lá. Aí começou a vigília pela região atrás de mais pistas do jovem. “Todos os dias a gente fazia campana por lá, amigos e parentes me ajudaram na missão”, contou.

No sábado, o pai começou a espalhar cartazes pelo bairro, com a foto do filho, telefone e com a promessa de recompensa de R$ 200. Um dia depois, uma pessoa ligou e deu a localização de Múcio. “Achamos ele dentro do lago, no meio de um matagal”, revelou o pai. “Toda vez que alguém se aproximava, ele entrava no lago para se proteger”, completou.

Com o apoio do Corpo de Bombeiros, o jovem foi internado na Santa Casa. Apesar do transtorno psicológico, ele levava uma vida normal, morava com o pai no Jardim Montevidéu, cursa o 4º semestre de engenharia elétrica na Uniderp, no campus da Avenida Ceará, e trabalha como técnico de manutenção na Santa Casa.

Segundo o pai, os problemas neurológicos surgiram aos 17 anos, mas, aos 21, os médicos disseram que ele não precisaria mais dos medicamentos. O pai insistia por um acompanhamento médico, porém Múcio se recusava. Recentemente, ele teria arrumado uma namorada, companheira de trabalho. Ao pai, ele contou que ela fazia parte da “igreja maçonaria” e que os integrantes teriam formado uma gangue para matá-lo.

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