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Capital

Pais dormem em fila para garantir vaga de filhos em escola integral

Eduardo Penedo e Alan Diógenes | 10/11/2014 21:50
Pais e mães são obrigados a dormir em fila para garantir vaga em escola para os filhos. ( Foto: Alcides Neto).
Pais e mães são obrigados a dormir em fila para garantir vaga em escola para os filhos. ( Foto: Alcides Neto).

Com cadeiras, travesseiros e muito tereré, pais e mães estão passando por uma verdadeira maratona para conseguir uma vaga para os filhos na Escola de Tempo Integral Professora Ana Lúcia de Oliveira Batista, no bairro Paulo Coelho Machado, em Campo Grande.

Muita gente vai dormir na fila para não perder o lugar e garantir uma vaga para os filhos. Eles reclamam da burocracia e falta de vagas para abrigar as crianças que completaram quatro anos de idade e serão obrigados a sair do Ceif (Centro de Educação Infantil) Maria Carlota Tibau de Vasconcelos.

A primeira na fila é a açougueira Cibelia das Graças Silva, 46 anos, que vai revezar com a filha para garantir uma vaga para o neto de quatro anos. Ela reclama da direção da escola que a informou que para matricular as crianças na escola de tempo integral os pais tem que ter a conta de energia no próprio nome. “É um absurdo isso. Minha filha mora comigo e a conta de energia esta no meu nome. Se eles não quiserem matricular meu neto se precisar vou entrar na Justiça para garantir a vaga para ele”, explica.

A dona de casa Elida Laura, 22 anos, contou que o marido teve de pedir licença do trabalho para poder cuidar da casa e do filho enquanto ela fica na fila para garantir a vaga do filho de quatro anos. “As crianças estão vindo da Ceinf Maria Carlota. Elas não podem ficar mais lá porque já completaram quatro anos. Por isso que viemos para cá. A escola está ofertando 20 vagas só que são 90 crianças que saíram do Ceinf”, explica.

Elida Laura comenta ainda que entrou em contato com a Semed(Secretária Municipal de Educação) e foi informada que a permanência na fila talvez não garanta a vaga das crianças na escola de tempo integral.

O encarregado de transporte Paulo Alves Neto, 49 anos, disse que para não precisava dormir na fila para garantir uma vaga para os filhos à escola poderia ter dado senhas e não causaria todo esse transtorno. “Mesmo agente sendo trabalhador e pagando nossos impostos temos que passar por isso”, fala.

Já a auxiliar de limpeza Mirian dos Santos, 54 anos, comentou que mora no bairro Paulo Coelho Machado há 12 anos e todo ano enfrenta essa dificuldade. “Esse ano informaram que aumentaram as salas da escola. Bem que podiam aumentar o número de vagas também porque todo ano aumenta o número de crianças no bairro”, comenta Miriam que foi munida de comida e cadeira para passar a noite na fila.

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