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Capital

Para cuidar da mãe e do irmão doente, mulher faz apelo para sair do aluguel

Mariana Lopes | 03/03/2014 20:11
Rita com o filho Roberto, que há três anos não sai da cama (Foto: Cleber Gellio)
Rita com o filho Roberto, que há três anos não sai da cama (Foto: Cleber Gellio)

Desde 2007, Rosimeire Santos, 46 anos, pediu demissão da empresa onde trabalhava para se dedicar aos cuidados da mãe e do irmão. Há sete anos, ela luta diariamente para amenizar, ao menos um pouco e no que está ao alcance dela, a dor dos dois.

O irmão, Roberto Silva dos Santos, 38 anos, teve paralisia infantil quando nasceu, e há três anos, depois de ter contraído o vírus H1N1, ele não sai da cama. A mãe, Rita de Jesus da Silva França, 71 anos, ainda é forte e saudável, mas já não tem a mesma disposição para cuidar do filho acamado.

Após a gripe forte, Roberto ficou com o lado esquerdo do corpo paralisado e com problema respiratório, sendo preciso fazer gastrotomia. “Até hoje ele come com esse aparelho”, relata Rosimeire.

Mas o problema maior, para Rosimeire, é morar longe da mãe e do irmão, embora estejam no mesmo bairro, no Monte Castelo, em Campo Grande, além de ter que bancar dois aluguéis. “Queria uma casa com edícula, para morar junto com os dois, tenho cadastro na Agehab há anos, mas até agora nada”, desabafa.

Segundo Rosimeire, a mãe e o irmão recebem um benefício pela Lei Orgânica da Assistência Social, que ao todo dá R$ 1,4 mil. Porém, ela afirma que, por mês, só os gastos de cuidados da saúde do irmão chegam a uma média de R$ 1,5 mil, entre remédios, fraldas, sonda e alimentação, que é diferenciada.

O restante das despesas, como contas de luz e água, além do aluguel das casas, que cada um é de R$ 300, quem mantém é ela e o marido. “Eu que administro tudo e ainda cuido dos dois, minha mãe já está bem cansada”, conta Rosimeire.

E hoje, ela conta o dinheiro para chegar ao fim do mês. E mais do que isso, ela também conta os dias para poder dar mais conforto ao irmão e à mãe.

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