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Capital

Para encerrar greve, prefeitura propõe reajuste de 8,3% em outubro

Flávia Lima | 26/05/2015 09:30
Em reunião, representantes da prefeitura discutem reajuste com diretoria da ACP. (Foto:Divulgação)
Em reunião, representantes da prefeitura discutem reajuste com diretoria da ACP. (Foto:Divulgação)

Em reunião realizada na noite desta segunda-feira (25) com a diretoria da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), a prefeitura propôs pagar aos professores o repasse da inflação dos últimos 12 meses, estimada em 8,3%, mas a partir de outubro deste ano. De acordo com o secretário municipal de Administração, Wilson do Prado, o valor é o máximo que apode ser pago a categoria neste momento.

“Nem isso poderíamos dar, mas não queremos confronto com uma categoria tão importante, além do mais, estamos preocupados com a população e com os alunos fora da sala”, ressaltou. O secretário ressaltou que qualquer índice acima da inflação do período vai depender de como as finanças do município irão se comportar nos próximos meses.

“É possível dar um pouco mais caso os gastos com pessoal fiquem abaixo dos 51,03% da receita líquida, que é o limite prudencial fixado pela Lei de Responsabilidade Fiscal”, afirma. Segundo Wilson do Prado, a prefeitura está batalhando para fazer ajustes e espera que os cortes e gastos anunciados nas últimas semanas já sejam sentidos a partir do próximo semestre. “Estamos fazendo a lição de casa para isso”, disse.

Wilson do Prado ainda alertou que a gestão municipal precisa se ater ao limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal para não correr risco de sofrer sanções, como o bloqueio de repasses e enquadramento do prefeito por improbidade administrativa.

Ele explicou que desde 2012 os professores acumulam reajustes salariais de 61,43%, acima da inflação que foi de 22,43%. Pelos cálculos da Secretaria de Planejamento, Finanças e Controle, este reajuste impactará em R$ 5 milhões a folha de pagamento da educação que hoje representa 49% dos gastos com pessoal. Atualmente, apenas a folha de pagamento do magistério soma R$ 36,9 milhões.

Representantes da prefeitura já expuseram a situação financeira a categoria em reunião nesta segunda-feira e destacaram que os ajustes feitos até o momento já garantiram uma economia de R$ 14 milhões, mas o objetivo é cortar mais R$ 220 milhões.

Greve – O presidente da ACP, Geraldo Alves, disse que a categoria vai discutir a oferta de repasse da inflação em assembleia às 14 horas desta terça-feira (26). “Não quero fazer avaliação para não influenciar a categoria”, destaca.
Geraldo Alves disse que o sindicato ainda não fez um balanço da paralisação, mas acredita que das 96 escolas, 50% estão paralisadas neste segundo dia de paralisação. No entanto, o secretário Wilson do Prado afirma que menos da metade aderiu a greve. “Todos os 38 Ceinfs estão funcionando”, reforçou o secretário.

Enquanto aguarda a deliberação da assembleia, o presidente da ACP vai acompanhar a sessão da Câmara Municipal desta terça-feira, na tentativa de obter apoio dos vereadores.

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