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Capital

Para enfrentar "ladrão de tesoura", vizinhos se unem pelo WhatsApp

Alan Diógenes | 17/10/2015 09:18
Vizinhos se uniram em grupo de WhatsApp para um cuidar da casa do outro. (Foto: Gerson Walber)
Vizinhos se uniram em grupo de WhatsApp para um cuidar da casa do outro. (Foto: Gerson Walber)

Temendo outras investidas do “Homem de Tesoura”, apelido dado a um suposto ladrão do Residencial Oiti, ao lado do bairro Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande, os moradores se reuniram em um grupo de WhatsApp para cuidar um da casa do outro. Cerca de 20 vizinhos colocaram o símbolo da comunidade: uma placa com a frase “Vizinho Solidário”, em frente aos imóveis.

Uma das integrantes do grupo, a cabeleireira Dalva de Freitas, 30 anos, disse que a iniciativa tem surtido resultado. Assim que foi criada, a ideia ajudou a diminuir o número de furtos no bairro. “Depois da placa deu uma diminuída. Acredito que os ladrões ficaram inibidos e com medo de serem pegos”, comentou.

Ela e os demais moradores disseram que um homem, sempre portando uma tesoura, chega às casas pedindo para fazer a poda de árvores. Para muitos, ele é suspeito e deve passar informações sobre o que há no interior das residências. “Todo mundo fala dele. Já viram ele fugindo com outro com as mãos cheias de objetos. Por ser um lugar muito deserto, a gente desconfia até dos panfleteiros e entregadores de gás que passam por aqui”, destacou Dalva.

A informação foi confirmada pela jornalista Jô Pecorari, 31. “Há 30 dias furtaram a casa do meu vizinho. Foi aí que decidimos montar essa patrulha de vigilância. Sempre esse homem da tesoura está envolvido. Quando acontece algo, a Polícia Militar vem verificar, mas acaba não achando ninguém mais”, apontou.

Grupo da "Área Protegida" no celular reúne 36 moradores. (Foto: Gerson Walber)
Grupo da "Área Protegida" no celular reúne 36 moradores. (Foto: Gerson Walber)
Casa de morador ficou revirada após furto. (Foto: Divulgação)
Casa de morador ficou revirada após furto. (Foto: Divulgação)

Apesar de cerca elétrica nos muros altos de sua casa e cadeados no portão, o funcionário Dyego Cavalari, 27, acabou sendo uma vítima da falta de segurança no residencial. “Uma vez tentaram arrombar a porta, mas não conseguiram. Da última vez, eu tinha ido levar minha mãe em casa em um sábado quando entraram e levaram televisão, ferro de passar roupa, controle remoto, entre outros objetos. O pior é que eu e minha esposa trabalhamos e a casa fica sozinha quase o dia todo. Complicado viu”, mencionou.

Uma praça localizada no bairro Maria Aparecida Pedrossian se tornou “dor de cabeça” para os moradores. Para eles, é lá que os criminosos se reúnem, trocam informações e combinam quais casas irão furtar.

O grupo de moradores no WhatsApp tem cerca de 36 participantes. A maioria mora na Rua Alto Coité e pagaram, cada um, R$ 20 pela placa do “Vizinho Solidário”, ideia trazida do Estado do Paraná por um dos moradores. Nela tem os telefones de emergência da Polícia Militar, Polícia Civil e Disk Denúncia no 181.

A PM informou ao Campo Grande News que realiza ronda rotineiras nesta região para evitar que tais crimes aconteçam. Qualquer ocorrência, a população pode entrar em contato pelo 190.

Imagens do circuito de segurança mostram ladrões rondando casas. (Foto: Divulgação)
Imagens do circuito de segurança mostram ladrões rondando casas. (Foto: Divulgação)
Câmera de outra casa mostra ação dos bandidos. (Foto: Divulgação)
Câmera de outra casa mostra ação dos bandidos. (Foto: Divulgação)
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