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Capital

Para manter greve, médicos vão recorrer e até pagar multa de R$ 30 mil

Filipe Prado e Flávia Lima | 20/05/2015 09:57
O presidente do sindicato afirmou que vai recorrer da decisão e corre o risco de pagar a multa diária (Foto: Marcelo Calazans)
O presidente do sindicato afirmou que vai recorrer da decisão e corre o risco de pagar a multa diária (Foto: Marcelo Calazans)

O Sinmed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul) alegou, sobre a decisão de manter a greve, votada na noite de ontem (19), que não foi notificado pela Justiça e vai recorrer da decisão. Eles estão dispostos a manter a paralisação e pagar a multa diária de R$ 30 mil. O pronunciamento aconteceu durante uma coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (20) na sede do sindicato.

De acordo com o presidente do Simed, Valdir Shigueiro Siroma, eles ainda não foram notificados quanto à ilegalidade da greve, mas espera que isso aconteça até sexta-feira (22), quando será publicada no Diário Oficial do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), mas afirmou que irá recorrer da decisão do dia 18.

“Nós vamos correr este risco, porque temos que mostrar para a sociedade o descaso que estamos sofrendo da prefeitura. Esta é a única maneira de abrir os olhos da população sobre a forma que o gestor vem tratando a questão da saúde no município, ou seja, com descaso”, comentou o presidente.

Siroma assumiu que a greve não se limita ao reajuste salarial, mas também a outras causas, como a falta de estrutura, segurança das unidades de saúde de Campo Grande e a “falta de respeito” que a prefeitura tem tido com a classe. “A prefeitura marca reuniões, mas não comparece ou não mostra planilhas com dados completos que provem que são necessários cortes para evitar gastos”.

Atualmente, de acordo com o sindicato, há 1,4 mil médicos nos postos de saúde da Capital, porém 53 pediram exoneração na semana passada, por conta da situação salarial, o que aumenta o déficit na saúde. Ainda apontou que os cortes nos plantões tem dificultado os atendimentos nos postos.

“Com o corte dos plantões, as equipes não ficam completas. São necessários, por exemplo, cinco médicos por equipe, mas fecham somente com dois. A situação se agravou e a tendência é piorar”, frisou o presidente do Sinmed.

Com as gratificações, o salário de um médico, segundo o secretário municipal de Administração, Wilson do Prado, chega a R$ 42 mil. Siroma assumiu que isso pode acontecer, se o médico trabalhou e realizou os plantões. “Ele merece receber pelo que trabalhou”, apontou.

Mas cobrou a fiscalização da prefeitura. “Se ele não trabalhou e tem recebido, temos que ver por que o gestor pagou. Por que pagou se ele não trabalhou?”, completou.

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