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Capital

Para polícia, homem matou advogado ao ter alucinação causada por drogas

Viviane Oliveira | 08/12/2015 13:16
Fernando foi preso em flagrante pela Polícia Militar. (Foto: Gerson Walber)
Fernando foi preso em flagrante pela Polícia Militar. (Foto: Gerson Walber)

A Polícia Civil suspeita de que Fernando Nogueira Thomé, 26 anos, matou advogado espancado ao ter alucinação causada por drogas. Segundo o delegado, Camilo Kettenhuber Cavalheiro, que atendeu o caso, Gilmar de Assis, 68 anos, apenas observava uma briga entre o agressor e Willi Dias Andrade, 25, quando foi agredido e morto a chutes e socos. O crime aconteceu na manhã do último domingo (6), no residencial Augusto Homer, na Rua Ponto Verde, na Vila Albuquerque, em Campo Grande. No condomínio morava a vítima e o agressor.

Conforme o delegado, Fernando contou que comprou uma garrafa de vodka e energético e chamou Willi para beber. Os dois e mais um amigo passaram à noite consumindo bebida alcoólica e fumando maconha. Depois de um tempo, Fernando subiu para o apartamento dele e usou pasta base de cocaína, droga que não usava há 3 anos, conforme depoimento do agressor à polícia.

Quando voltou novamente para a casa do amigo estava transtornado e começou a brigar com Wili no corredor do condomínio. A briga chamou a atenção dos vizinhos e o advogado saiu do apartamento para ver o que acontecia. Gilmar, então, ficou no segundo andar observando a confusão. “A testemunha que presenciou o crime contou, que a vítima apenas balançava a cabeça reprovando a briga entre os dois”, diz o delegado.

Neste momento, Fernando olhou e viu o advogado, foi quando enfurecido subiu e começou a bater nele. Gilmar ainda tentou correr para o apartamento, mas não conseguiu. “Ele foi espancado até a morte, por apenas observar a briga entre os dois vizinhos. Fernando estava descontrolado e ainda agrediu as pessoas que tentaram ajudar o idoso. Durante depoimento, o agressor diz que não se lembra de ter espancado a vítima”, afirma a autoridade policial. O idoso ficou com o rosto desfigurado e morreu no corredor que dá acesso as casas.

Após o crime, Fernando ainda entrou na casa de Gilmar, revirou móveis e quebrou tudo no local. Depois que o socorro foi acionado, os policiais encontraram Fernando no banheiro de casa. Mais uma vez, ele tentou agredir os militares com chutes e foi algemado.

A perícia da Polícia Civil chegou, em seguida, e constatou que Fernando se lavou em um tanque da área externa, que é comunitário. Ali, estavam um par de meias com resquícios de sangue, um chinelo e uma camiseta vermelha, que conforme as testemunhas era usada pelo agressor. Foram apreendidas ainda, uma toalha e uma bermuda do autor. Ele foi preso e atuado em flagrante por homicídio qualificado por motivo fútil. O delegado também já pediu a prisão preventiva do rapaz, que foi encaminhado para um presídio da Capital.

Lutador participou da 1ª audiência sobre o caso no dia 17 de agosto deste ano. (Foto: Marcos Ermínio)
Lutador participou da 1ª audiência sobre o caso no dia 17 de agosto deste ano. (Foto: Marcos Ermínio)

Wili não participou do crime, mas foi atuado por resistência, porque estava embriagado e atrapalhando o trabalho da polícia. Ele foi ouvido e liberado. O advogado Gilmar de Assis morava há 3 meses no condomínio e fazia pós-graduação. A família dele é do interior de São Paulo.

Sem motivo - Em abril deste ano, o lutador Rafael Martinelli Queiroz, 27 anos, também espancou até a morte um homem no Hotel Vale Verde, em Campo Grande. Rafael, que é de Valparaíso (SP), veio a Campo Grande para participar de um evento de lutas realizado no Círculo Militar. Porém, não competiu, como era previsto, e foi para o hotel, na avenida Afonso Pena, por volta das 22h do dia 18, de carona com um amigo.

O lutador foi até o quarto 221, onde estava hospedado com a namorada de 24 anos, quando teve início uma discussão envolvendo traição. Ele bateu na mulher que, amedrontada, fugiu pelos corredores e pediu socorro na recepção. Ao sair enfurecido do quarto, Rafael destruiu tudo o que encontrou pela frente, até se deparar com Paulo Cézar de Oliveira, 49 anos, que havia acabado de abrir a porta de seu apartamento, para ver o que estava acontecendo. A vítima, que era de Batatais (SP), foi espancada até a morte. Rafael tem quase dois metros de altura, e na época pesava 140 kg. Já Paulo pesava cerca de 70 quilos e 1,68 metro de altura.

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