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Capital

Para reivindicar direitos, motoristas de cargas perigosas cruzam os braços

Aliny Mary Dias | 24/10/2013 08:32
Funcionários só voltam aos volantes se reivindicações forem atendidas (Foto: Marcos Ermínio)
Funcionários só voltam aos volantes se reivindicações forem atendidas (Foto: Marcos Ermínio)

Sem possibilidade de diálogo com a empresa, motoristas de caminhões que transportam combustível da empresa da transportadora J. Jardim cruzaram os braços na manhã desta quinta-feira (24).

As três principais reivindicações dos trabalhadores são com relação ao aumento da diária paga pela empresa de R$ 33 para R$ 55, a volta da distribuição da cesta básica, cortada este mês e a implantação de um plano de saúde para os funcionários.

De acordo com o presidente do Sindicargas-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Carga do Estado de Mato Grosso do Sul), Raimundo Donato, o sindicato protocolou vários pedidos de negociação junto à empresa, mas não houve abertura para conversa.

“Decidimos parar porque a empresa não quis negociar. Nós vamos ficar aqui até que os patrões nos recebam, tivemos contato do sindicato patronal, mas não houve acordo”, afirma o presidente.

Cerca de 30 motoristas e representantes das classes sindicais estão reunidos na sede da empresa localizada na Avenida Manoel da Costa Lima, na Vila Piratininga em Campo Grande. Com a paralisação, os 25 caminhões da empresa ficaram no pátio e não circulam hoje.

Presidente do Sindicargas diz que patrões não atenderam os trabalhadores (Foto: Marcos Ermínio)
Presidente do Sindicargas diz que patrões não atenderam os trabalhadores (Foto: Marcos Ermínio)

Para o motorista que atua há 2 anos e meio na empresa, Neuvaldo Eurico de Melo, de 30 anos, o maior problema está no valor da diária pago pela empresa. “Para a alimentação, pagamos quase R$ 15 em um marmitex e o banho custa quase R$ 6 em alguns postos. O dinheiro é insuficiente e já tivemos que tirar dinheiro do bolso para comer”, diz o funcionário.

O advogado do Sindicargas, Roberto de Avelar, explica que além das três reivindicações principais dos trabalhadores, o cumprimento da legislação que define a jornada de trabalho e o descanso dos caminhoneiros também será cobrada pelo sindicato.

“Esse é um problema geral da nossa classe. Nessa empresa, motoristas começam o expediente às 5 horas e tem uma jornada de até 21 horas. Está errado e o segmento todo sofre com isso”, conta.

Segundo os motoristas, a paralisação continua até que os proprietários da empresa aceitem recebê-los para uma rodada de negociações. Representantes da empresa não quiseram falar com a reportagem.

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