Para ter um ambiente melhor, moradora de MG sai limpando ruas da Vila Nascente
Mesmo com a omissão do poder público no desenvolvimento de melhorias em bairros mais afastados do centro – ruas, esgotos e limpeza –, existem pessoas que encontram um jeito de deixar melhor o ambiente em que vivem. Esse é o caso da artesã Rosele Almeida, 53 anos, que continua incansável na saga da limpeza da Vila Nascente, bairro que fica próximo ao Carandá Bosque, em Campo Grande.
A história da artesã já foi noticiada pelo Campo Grande News em julho deste ano. De lá para cá, pouca coisa mudou no bairro em que os filhos dela vivem – Rosele mora em Guanhães (MG), mas vem a Campo Grande com frequência –, no entanto, a vontade transformação dela ainda continua a mesma.
“O cidadão não se sente parte do processo de cidadania. Se ele vê um lixo na rua, ele não pode sair e pegar porque acha que o político que tem que fazer isso. De quem é esse nó? É nosso! Vai chegar a um ponto que vamos ter que cuidar de nosso lixo igual cuidamos do nosso almoço, da nossa saúde e dos nossos dentes”, exemplifica.
A inquietação de Rosele é quanto ao lixo depositado na rua por moradores. Ela conta que em sua cidade, em um período de um ano e meio, conseguiu mudar a rua “de um lixão para um jardim”. A artesã foi ex-prefeita em Guanhães de 2001 a 2004 e serviu de exemplo para outros moradores. “Mesmo depois de anos de ter saído da política, as pessoas olhavam e via a ‘vice-prefeita’ limpando as ruas. Isso serviu como exemplo”, espera.
Por meio de ofícios, cartas e mensagens, Rosele, sempre que vem a Campo Grande, cobra da prefeitura melhorias, como limpeza, asfalto e esgoto, nas ruas da Vila Nascente. “Acho que se começarmos de um bairro, vira estimulo para outros”, acredita. Mesmo sem ter a certeza de quando o desenvolvimento chegará a sua região, a artesã segue em sua “missão” de transformar o local e que vive.
