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Capital

Para tratar câncer, índia de 8 anos espera curandeiros

Ana Paula Carvalho e Ítalo Milhomem | 19/07/2011 14:52

Uma indígena de oito anos tem obstáculos na luta pela vida. A pequena Thiely Mendes está internada no Hospital Regional há um mês com câncer no joelho, só que corre o risco de ter que parar o tratamento.

A família da criança, que é de etnia Guarani, tentou impedir que ela continuasse no hospital, alegando que na aldeia Porto Lindo onde mora existem “curandeiros” que podem salvar a vida dela.

Interromper o tratamento poderia trazer complicações drásticas para a saúde da criança, por isso a equipe médica do hospital que está cuidando de Thiely e a Casa do Índio convenceram a família dela da importância de continuar com a medicação.

Segundo a administradora da Casa do Índio, Maria Almeida, para que isso fosse possível, a família impôs uma condição: Thiely só poderia continuar com o tratamento se simultaneamente os “curandeiros” também tratassem dela.

Os médicos e a casa de apoio se propuseram permitir que os indígenas praticassem as praticas de cura, um carro da Sesai(Secretaria Estadual de Saúde Indigena)foi disponibilizado para buscá-los em Japorã, mas até agora eles não vieram para Campo Grande.

Enquanto isso, a menina continua com o tratamento no Hospital Regional, mas se os índios não vieram para a Capital, à família da criança pode levá-la novamente para a aldeia.

Diagnóstico- Ainda de acordo com Maria Almeida, a doença foi diagnosticada há aproximadamente dois meses durante uma visita de rotina de agentes de saúde a aldeia. O joelho da criança estava muito inchado e por isso eles avisaram a família que Thiely precisava ser levada a um médico.

Um tio da criança a levou ao Hospital de Dourados, onde os médicos identificaram a doença e pediram a transferência para Campo Grande.

Ele veio para a Capital com a menina e com a mãe dela que demorou aproximadamente três dias para autorizar o tratamento.

Hoje, a criança está acompanhada pelo avô, Santiago Tapori, 57 anos, mas a família e o cacique da aldeia, capitão Bento Hara, 29 anos continuam resistentes quanto ao tratamento médico.

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