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Capital

Para vizinhos, saída de trailers do canteiro da Afonso Pena será alívio

Aline dos Santos | 11/08/2011 12:07

“Vou ter menos trabalho”, diz dono de banca de revistas

Aviso colocado perto de agência de viagens tenta inibir sujões. (Foto: Simão Nogueira)
Aviso colocado perto de agência de viagens tenta inibir sujões. (Foto: Simão Nogueira)

A notícia da transferência do comércio de lanches do canteiro central da avenida Afonso Pena para o Horto Florestal foi recebida com alívio por comerciantes e moradores vizinhos aos trailers.

“Vou ter menos trabalho”, afirma Mário Ayabe, dono de uma banca de revistas localizada próximo a 13 de Maio. Todos os dias, religiosamente, ele chega às 5h40 e faz a limpeza.

Para livrar os clientes da visão das fezes e do fedor da urina, o comerciante traz desinfetante de casa e empresta a água de um banco. A banca funciona há 30 anos, sendo nos últimos 15 anos sob o comando de Mário.

Próximo a 14 de Julho, a proprietária de uma loja e uma agência de viagens chegou a colocar um cartaz com o seguinte aviso: “Aqui não é banheiro público! Tem um na praça”. Há 45 dias também foi instalado um alarme com sensor de presença, que aciona uma sirene e acende a luz.

“É insuportável. Deixam muita sujeira. Meu Deus do Céu, de sexta-feira para sábado é o caos”, enfatiza a agente de turismo Lourdes Paiva. Ela relata que a situação melhorou depois da instalação do alarme. “O pessoal do hotel aqui do lado reclama do barulho da sirene. Mas a proprietária conversou com eles, disse que não há o que fazer”, afirma Lourdes.

Precavida, ela já deixa vassoura e pá a postos. “Deixam sache de maionese, camisinha, fezes, cachimbo de droga”. Para ela, a conduta é estimulada pela “bebedeira”. Os trailers funcionam de madrugada, sendo pondo de passagem depois da balada.

Há 10 anos com uma banca de revistas instalada próximo ao edifício Dona Neta, Arivaldo Cabral avalia que a situação pior é quanto ao barulho. “Moram muitos idosos no edifício. Gente da 3ª, 4ª, 5ª idade. Pessoas com mais de 90 anos”, afirma.

Lourdes já se deparou com fezes, camisinha e cachimbo de droga ao chegar ao trabalho. (Foto: Simão Nogueira)
Lourdes já se deparou com fezes, camisinha e cachimbo de droga ao chegar ao trabalho. (Foto: Simão Nogueira)

No Horto - Os 22 trailers espalhados pela avenida serão transferidos para um “lanchódromo”, que vai funcionar no cruzamento da rua Anhanduí com a Fernando Côrrea da Costa.

Além de ceder a área, a prefeitura vai oferecer infraestrutura como banheiro, ligação de esgoto e energia elétrica. Já os comerciantes devem sair da informalidade.

Por meio de parceria com o Sebrae, eles vão constituir empresa e recolher impostos. Nos moldes de programas já adotados na Feira Central e Camelódromo. A mudança conta com a aprovação da Amval (Associação Municipal dos Vendedores de Lanches).

O novo endereço dos dogueiros revoltou a associação de bicicross. Ontem, a terra da pista começou a ser retirada. Os atletas reclamam que não há outro local com a mesma dimensão para treinos e provas.

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