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Capital

Parentes de presos da Máxima enviam fotos de lixo que se acumula em presídio

Bruno Chaves | 16/02/2014 11:37
Lixo acumulado em pavilhão da Penitenciária de Segurança Máxima (Foto: Divulgação)
Lixo acumulado em pavilhão da Penitenciária de Segurança Máxima (Foto: Divulgação)
Por causa de entulho, visitantes foram impedidos de entrarem com comida e outros (Foto: Divulgação)
Por causa de entulho, visitantes foram impedidos de entrarem com comida e outros (Foto: Divulgação)

Em mensagem enviada à redação, parentes de detentos do Presídio de Segurança Máxima da Capital encaminharam fotos do lixo de que se acumula na unidade prisional e reclamaram das condições de tratamentos aos presos.

O texto lembra que mulheres dos detentos iniciaram protestos pacíficos no dia 10 de fevereiro. A pessoa, que pede para não ser identificada, comenta que após a veiculação da matéria “Mulheres de presos pedem ‘direitos humanos’ e protestam em frente ao TJ”, pelo Campo Grande News no dia 12, a situação dos internos piorou.

Entre as reivindicações, as mulheres pediam melhorias no atendimento médico e dos agentes penitenciários, além de quererem melhores condições dos presídios, como higienização e direitos humanos.

Segundo os familiares, um clima de tensão se instalou na Máxima devido a paralisação dos internos ao que se refere aos trabalhos na unidade

Eles afirmam que os presos sofrem agressões físicas e verbais. “Para piorar ainda mais, os agentes jogam óleo nas roupas, quando não rasgam”. Também “colocam sabão em pó na comida”.

O texto fala em abuso de poder e cita que o detento Jefferson Maciel da Rocha Júnior foi atingido por quatro tiros e não teve nenhum atendimento médico. O material informa que Jefferson está no “castigo, ferido, machucado e humilhado”.

Por causa dos acontecimentos, os detentos pedem uma “visita surpresa” da Comissão de Direitos Humanos da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Mato Grosso do Sul) e do juiz da Vara de Execução Penal.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa e a direção da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) para confirmar as afirmações, mas as ligações não foram atendidas.

Os presidentes do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária do Estado) também foram procurados para comentar a situação, mas não foram encontrados.

O comandante-geral da Polícia Militar do Estado, coronel Carlos Alberto David dos Santos, também foi procurado pelo Campo Grande News e informou que "todas essas movimentações estão sendo acompanhadas". "O que acontecer, a PM está preparada", emendou.

A Polícia Militar é responsável pela segurança externa dos presídios e monitora articulações de facções criminosas dentro das unidades prisionais.

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