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Capital

Pedreiro que arrastou cachorro até lixão é solto após prestar depoimento

Flávio Paes e Alan Diógenes | 22/12/2015 19:42
Luiz Pereira, garante que "amava" o cachorro e não tinha intenção de maltratá-lo (Foto: Marcos Ermínio)
Luiz Pereira, garante que "amava" o cachorro e não tinha intenção de maltratá-lo (Foto: Marcos Ermínio)

O pedreiro Luiz Miranda da Silva, 65 anos, que na tarde de ontem (21) amarrou seu cachorro Edy (segundo ele já morto, vítima de atropelamento) do Los Angeles até o lixão para enterrar o animal, foi colocado em liberdade após 40 minutos de depoimento para o delegado Helton de Campos Galindo, que está respondendo pela Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista), enquanto o titular está de recesso.

Luiz poderá também contestar a multa de R$ 5,5 mil aplicada pela Polícia Militar Ambiental. R$ 5 mil por ter enterrado o animal em local inadequado e R$ 500 por maus-tratos.

Em entrevista ao Campo Grande News ele garantiu que gostava muito cachorro, animal de estimação do seu filho de 6 anos. Quando encontrou o animal morto atirado na rua, resolveu levá-lo para evitar novos atropelamentosou acidentes de trânsito.

A transformação do procedimento em inquérito vai depender do depoimento de outras testemunhas, que ainda serão ouvidas, e laudos técnicos da perícia para demonstrar, por exemplo, se o cachorro de fato estava morto quando começou a ser arrastado. O objetivo é levantar indícios para enquadrar criminalmente o pedreiro por maus-tratos e crime ambiental pelo descarte inapropriado do animal.

O caso ganhou repercussão depois da postagem de um vídeo na internet com imagens do cachorro sendo arrastado por um veículo Chevrolet Celta, de cor branca, pela ruas do Bairro Los Angeles. A Polícia Militar Ambiental foi acionada e conseguiu chegar a casa do pedreiro, com base no número da placa do veículo.

No depoimento o pedreiro disse que o cachorro pertencia a um dos seus filhos. Ele teria sido atropelado por um caminhão depois de escapar do quintal (no instante em que o portão estava aberto).

Ao sair pelo bairro à procura do animal, acabou o encontrando morto. Como o animal estava ensanguetado, preferiu não colocá-lo no carro para enterrá-lo, o amarrou no pára-lama, arrastando até o lixão, onde abriu uma cova de 30 centímetros de profundidade para sepultá-lo.

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