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Capital

Pela 1ª vez em dois anos, prefeitura retira famílias de área invadida

Alan Diógenes | 05/11/2014 11:03
Barraco de Marta foi completamente destruído. (Foto: Alcides Neto)
Barraco de Marta foi completamente destruído. (Foto: Alcides Neto)

Famílias que viviam em uma área pública na Avenida Marques de Pombal, no bairro Tiradentes, foram retiradas do local no ínicio da manhã desta quarta-feira (5). Conforme testemunhas da ação, guardas municipais estiveram no local, derrubaram cinco barracos e retiraram os móveis dos moradores em um caminhão basculante. Esta é a primeira ação do município contra a ocupação de áreas públicas desde janeiro do ano passado.

De acordo com a pastora da Igreja Batista Deus de Israel, Claudete Pereira Jorge, que prestou auxílio à família de Marta Silva, 50 anos, que morava no local com três crianças de 3, 7 e 9 anos, o fato aconteceu de manhã quando as famílias não tinham como resolver para onde ir. “Conheço a Marta há dois anos e ela estava morando no local apenas há uma semana, por que não conseguia mais pagar o aluguel. Ela ficou desesperada, saiu na rua dizendo que ia se jogar em frente à um carro”, explicou.

Marta não foi encontrada pelo Campo Grande News para falar sobre a situação. As crianças foram levadas para a casa de uma conhecida, a autônoma Valdinéia Silva dos Santos, 34 anos. Mas, Valdinéia teve que trabalhar, enquanto os menores foram flagrados pelas ruas do bairro procurando a mulher.

“Eu estava indo pro trabalho e vi ela sentada com as crianças em frente ao Centro Comunitário do Tiradentes. Levei as crianças para casa, mas não consegui levar ela que saiu desesperada por aí. Pedi para ela ir para minha casa, até arrumar um lugar para ficar, mas não teve acordo”, comentou Valdinéia.

Conhecidas de Marta prestaram apoio a família. (Foto: Alcides Neto)
Conhecidas de Marta prestaram apoio a família. (Foto: Alcides Neto)

Amiga de Marta, a pastora Claudete disse que a intenção da mulher é levar as crianças para o Conselho Tutelar até conseguir um lugar para ficar. Emocionada, ela pede para que a população ajude a família. “Eles já passavam por dificuldade, agora sem casa a situação piorou ainda mais.

De acordo com a EMHA (Empresa Municipal de Habitação) os móveis das famílias foram levadas para a sede da entidade e podem ser retirados posteriomente por elas. Ainda segundo a empresa, metade das famílias retiradas dá área invadida já possuem cadastro na EMHA.

Anteriormente, a EMHA havia tentado encaminhar as famílias ao Cetremi (Centro de Triagem e Apoio ao Migrante), mas elas se recusaram a deixar do local. As famílias que ainda não possuem o cadastro devem fazer o NIS (Número de Identificação Social) em qualquer CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) do município para posteriormente realizar o cadastro direto na EMHA.

Procuramos a Prefeitura Municipal de Campo Grande para falar sobre o caso, mais até o momento da publicação desta matéria não obtivemos retorno.

Interessados em ajudar a família de Marta podem entrar em contato pelos telefones (67) 9168-1684 e (67) 9934-7985.

As três crianças que vem com a mulher foram encontradas andando pelas ruas do bairro. (Foto: Alcides Neto)
As três crianças que vem com a mulher foram encontradas andando pelas ruas do bairro. (Foto: Alcides Neto)
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