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Capital

Perícia desmente policial e garante que agente de saúde foi morta por 2 tiros

Marcio Breda e Danúbia Burema | 31/01/2011 16:55
Foto: João Garrigó
Foto: João Garrigó

Em coletiva de imprensa realizada hoje na sexta Delegacia de Campo Grande, a Polícia Civil descartou a possibilidade da agente de saúde Luciana Chaves Farias, de 35 anos, morta na madrugada de domingo, ter sido atingida por um disparo acidental pelo ex-marido, o soldado da Polícia Militar, Paulo César Lucas Batista, de 42 anos.

Em depoimento, Paulo César contou que pegou sua arma - de uso da Polícia Militar - que estava em uma cadeira e deu um disparo para o alto após ouvir um barulho de arrombamento, sem enxergar o que havia acontecido. O caso então foi registrado como homicídio culposo, sem intenção de matar.

Porém, segundo os delegados Higo Arakaki, Cladio Zotto, Valmir Messias Moura Sé e o perito Domingos Sávio Ribas, Luciana foi morta por dois disparos dados de cima para baixo, o que indica que ela tentou se proteger.

A perícia revelou que o primeiro tiro foi dado no quintal. O projétil bateu em uma grade antes de atingir a agente da saúde. O segundo foi dado provavelmente dentro do quarto, perfurou o corpo de Luciana e causou hemorragia interna, considerada a causa da morte. Não foram encontrados sinais de agressão ou asfixia mecânica. Os dois tiros atingiram a lateral do tórax da vítima.

De acordo com a Polícia Civil, o caso agora é classificado como crime passional e Paulo César é acusado - por enquanto - de homicídio doloso simples. Mas a acusação pode ser mais grave caso sejam encontradas provas que impliquem em qualificadoras para o crime.

Segundo o perito Domingos Sávio Ribas, os laudos oficiais ficam prontos em 10 dias. Serão analisadas informações do laudo necroscópico, da arma e as ligações feitas entre os celulares da vítima e do acusado.

Ameaças - O delegado Moura Sé garantiu que irá anexar o registro de agressão feito pela vítima contra o acusado 24 de junho de 2009 e concluir o caso em 10 dias.

Na ocasião, Luciana registrou um Boletim de Ocorrência acusando o marido de agressão e ameaça. Porém, como não representou a acusação, o caso não foi adiante.

Segundo a Corregedoria da Polícia Militar, somente casos investigados pela Polícia Civil são encaminhados para a Corporação.

O policial militar foi autuado em flagrante por homicídio doloso e está no Presídio Militar.

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