Perícia usa quadricóptero e quer fazer de “brinquedo” instrumento de trabalho
Bancado pelos próprios peritos, eletrônico dá visão ampliada da cena de um crime
Ele mais parece um brinquedo, mas nas mãos dos peritos vira ferramenta para resolução de crimes. Na tarde desta quinta-feira o quadricóptero saiu do armário pela segunda vez, para materializar um possível dano ambiental na rua da Divisão próximo a avenida Guaicurus.
Com quatro hélices e um suporte para câmera ele é leve, prático e dinâmico. Com apenas um clique do controle remoto ele sobe em uma altura de mil metros e lá de cima pode filmar e fotografar para dar a visão ampliada à perícia.
Usado para verificar áreas grandes ou visualizar de cima os danos de um incêndio, como o ocorrido na avenida Mato Grosso com a rua 13 de Maio, ele facilita e deixa o trabalho mais ágil.
No caso do possível dano ambiental, se o quadricóptero não existisse, seria necessário entrar com uma trena e ir medindo, explica o perito criminal Amilcar Serra. “Ia ser mais difícil porque não ia ter noção do que realmente é, e assim mostra o global”, ressalta.
O aparelho começou a ser usado há duas semanas. Criado pela própria coordenadoria geral de Perícias, o quadricóptero saiu em média US$ 2,8 mil dólares. Dinheiro que foi “quotizado” entre os próprios peritos que buscam justamente facilitar a rapidez nos trabalhos.
Pesando pouco mais de 2 quilos ele aguenta um sobrevôo de 7 minutos, dependendo da bateria. Mais esperto do que parece, caso o eletrônico se perca, um GPS o auxilia a voltar exatamente ao lugar da onde partiu.
O investimento, segundo a coordenadoria de Perícia é irrisório, já que o custo – benefício é ter em mãos uma foto e vídeo de uma situação criminal de cima. “O governo vendo o potencial pode até adquirir o equipamento e ele passar a ser usado direto”, destaca Amilcar Serra.