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Capital

Piloto garante que suspensão de voos em Campo Grande é desnecessária

Lidiane Kober | 01/09/2013 08:27

Alegando a possibilidade de utilização da pista lateral, piloto de uma das principais companhias aérea brasileiras, que pediu sigilo do nome, garantiu ao Campo Grande News que a suspensão de voos noturnos no Aeroporto Internacional da Capital é desnecessária. Ele se refere a "pista de táxi", utilizada como auxiliar nos aeroportos, que serve para agilizar o tráfego dos aviões no solo, dando acesso à principal.

A informação do piloto tem como base normativo do comando da aeronáutica. De acordo com a portaria n° 215/DGAC, de 16 de novembro de 1981, publicada no Diário Oficial n° 225 de 27 de novembro de 1981, “pistas de táxi poderão ser utilizadas, eventualmente, para pousos e decolagens de aeronaves”.

A possibilidade atinge apenas sete aeroportos brasileiros, entre eles o de Campo Grande e permite pouso e decolagens apenas durante o dia. “A pista lateral daqui tem as mesmas condições da principal, então, a reforma poderia ser feita de dia, enquanto a pista lateral seria ocupada. Neste caso, não seria necessária a suspensão de voos noturnos”, comentou o piloto.

A Infraero contesta a informação e afirma que todas as decisões foram tomadas em conjunto com empresas e agências para assegurar a segurança dos passageiros.

Superintendente regional da Infraero, Luis Gustavo Schild afirmou que nem todas as aeronaves têm permissão para usar as pistas-de-taxi. “Os aviões A320, da TAM, e os 737-800, da Gol, não podem pousar e decolar nestas pistas”, citou. “Então, duas companhias determinaram a decisão de impedir o voo das demais”, ponderou o piloto.

Ele ainda frisou que as aeronaves são do mesmo porte das citadas na normativa de 1981, como as B.737. “Bastava uma simples atualização da regra, porque, naquela época, esses aviões não existiam”, explicou.

Schild, por sua vez, frisou também que não é permitido usar a pista paralela no período de obra da principal. “Pela proximidade”, justificou. O piloto rebateu e ressaltou que a pista-de-taxi existe justamente para ser usada neste tipo de situação, quando o principal está ocupada. “Então, para que existir a pista lateral?”, questionou.

Por fim, o superintendente da Infraero disse que a decisão de realizar a obra no período noturno ocorreu em comum acordo entre as companhias aéreas, Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo). “Nós primamos pela segurança dos passageiros”, destacou.

A obra de reforma do aeroporto custará R$ 12 milhões e deverá começar em setembro e durar 240 dias. A suspensão dos voos noturnos, afirmam agentes de viagem, encareceu o preço das passagens. Dizem que, somada a alta do dólar, o aumento atingiu o patamar de pelo menos 15%.

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