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Capital

Plano estratégico da PM quer reduzir criminalidade em 8% ao ano

Graziela Rezende | 24/02/2014 10:33
Comandante da PM participou do lançamento dos planos estratégico e diretor. Foto: Cleber Gellio
Comandante da PM participou do lançamento dos planos estratégico e diretor. Foto: Cleber Gellio

O plano estratégico da Polícia Militar 2014–2022 terá como foco na Capital o aumento do efetivo e operações de combate ao tráfico de drogas. Segundo o comandante da instituição, coronel Carlos Alberto David dos Santos, já foi estabelecido aos policiais uma redução anual de no mínimo 8% nos índices de criminalidade.

“A PM, mesmo com tão pouco em recursos, faz muito, cumpre o seu papel. Vamos agora, conforme o plano diretor que vai até 2030, pedir uma estimativa da população ao IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e aumentar o nosso efetivo, que atualmente é de seis mil homens”, afirma o comandante. Apesar de ter definido, o comando ainda não anunciou o número ideal de policiais em 16 anos.

Mais operações - Desde o início do ano, por conta do aumento de usuários de drogas nas vias públicas, a Polícia realizou uma operação em sete bairros da Capital, com a participação de 330 militares. Da mesma maneira, eles pretendem continuar com ações pontuais, ostensivas e preventivas, de maneira a estreitar as relações com moradores e mostrar a "força policial" com mais militares nas ruas.

“Estamos planejando uma nova ação, principalmente pelo aumento de oito para 50 o número de denúncias diárias no 181. No entanto, precisamos de uma revisão necessária e urgente no Código Penal”, avalia o comandante.

A exemplo da sua indignação, o comandante da PM ressalta o cumprimento de uma mandado de prisão realizado no início do mês, assim que deflagrada a operação 181. “Nós prendemos um traficante às 6h e, quando chegou às 14h30, o delegado de Polícia respeitando a legislação arbitrou fiança e o autor foi solto. Mais tarde, tivemos a informação que ele fez uma festa na sua casa, como se estivesse ironizando o trabalho policial”, lamenta o comandante.

Saúde pública - Dessa maneira, ele cobra o empenho da sociedade na questão, que considera a questão das drogas como de saúde pública. “Nós não temos clínicas especializadas para mandar usuários, por exemplo. Porém nós temos a visão de que é um crime se envolver com drogas, então as pessoas precisam cobrar uma mudança na legislação”, diz o comandante.

Em diligências no ano de 2013, o coronel David relembra a prisão de um jovem em Coxim, a 260 quilômetros da Capital. “Ele foi preso 48 vezes por furtos, roubos e tentativa de homicídio, sendo que permanecia poucos dias na cadeia. Então o nosso foco é reduzir estes crimes, além de homicídios, vandalismo e outros reclames que recebemos diretamente da população”, finaliza o comandante.

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