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Capital

PM apreende 3 crianças por assalto e mãe diz que filhos "brincavam"

Bruno Chaves e Zana Zaidan | 24/02/2014 20:38

Três crianças, uma de 12 e duas de 13 anos, participaram de uma tentativa de assalto a uma padaria na noite de ontem (23), no bairro Dom Antônio Barbosa. Conforme o boletim de ocorrência, elas portavam simulacros (que imitam armas verdadeiras), e uma delas chegou a apontar a arma na cabeça de uma senhora que estava no caixa. O roubo foi impedido pela Polícia Militar e o trio foi apreendido. Revoltada,  a mãe de um deles, alega que as crianças brincavam "de arminha". 

Segundo ela, o filho brincava em casa, com mais dois amigos, como uma “arminha de espoleta”. “Quando foi umas 18h30, eu dei R$ 10 para ele ir comprar pão. Eles foram à padaria brincando de polícia e ladrão”, explicou.

As crianças chegaram à Panificadora Lual, na rua Evelina Silingarde e pediram o pão. Enquanto aguardavam o produto, os meninos decidiram brincar em frente a padaria. “Eu conversei com a dona da padaria e ela me disse que nesse momento os policiais passaram e levaram os guris, dizendo que eles estavam roubando”, disse.

Por outro lado, o Batalhão de Choque da PM, que fazia rondas no bairro, flagrou a tentativa de assalto. Conforme o major Marcos Paulo Gimenez, o trio estava encapuzado e foi levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga, já que a Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude) não faz plantão nos finais de semana. 

Uma das vítimas, o proprietário da padaria, José Alberto Correa Lima, 40 anos, confirma o crime. "Estava nos fundos da padaria com a minha esposa, eles chegaram, colocaram a arma na cabeça da minha sogra, que estava no caixa, e pediram o dinheiro. Só não levaram tudo porque a Polícia chegou", afirma. 

A mãe, no entanto, reclama da falta de notícias sobre o filho. “A polícia desceu, catou as arminhas e começou a bater nas crianças, que foram levadas e ninguém sabia para onde”, afirmou. A mãe disse que ficou das 19h às 24h sem saber onde os meninos estavam. “Fiquei indo no Conselho Tutelar até descobrir que estavam na Casa de Guarda”, completou.

A empregada doméstica afirma que o filho reclama de dores. “Ele foi agredido como marginal, mas meu filho é estudante e não tem nenhuma falta na sala de aula”.

A reportagem entrou em contato também com o Conselho Tutelar, que não atendeu as ligações.

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