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Capital

PM monta base móvel até que posto da Vila Margarida seja reativado

Paula Maciulevicius | 24/10/2011 17:14

Na próxima 5ª, vereadores se reúnem novamente com população para apresentar a proposta de reforma para o prédio

Devido a estrutura precária, PM foi para o Parque das Nações temporariamente. (Foto: João Garrigó)
Devido a estrutura precária, PM foi para o Parque das Nações temporariamente. (Foto: João Garrigó)

A Polícia Militar monta a partir desta segunda-feira, uma base móvel de policiamento na Vila Margarida. A unidade vai permanecer no local das 19h à 1h da manhã, até que o posto policial da rua Naviraí, volte a abrir as portas.

A informação foi passada pelo comandante do 9° Batalhão, coronel Haroldo Luiz Estevão. “Uma base móvel vai ficar no local, ainda que não seja 24h por dia, mas vai permanecer o máximo possível na região”, afirma o comandante.

Fechado há pouco mais de 15 dias, quem passa pelo posto da Polícia Militar da Vila Margarida, vê as portas fechadas, inclusive sem maçaneta. O vidro da janela da fachada parece estar quebrado e até a placa com o nome do 9° Batalhão está com as letras apagadas. O aspecto de abandono trouxe o medo à uma população que já estava acostumada em ver a Polícia por ali.

Por conta da precariedade na estrutura, que tem mais de duas décadas, os policiais foram deslocados para a base do Parque das Nações Indígenas, em uma transferência que, segundo a corporação, é temporária.

Em reunião na semana passada, entre PM, Câmara de Vereadores e Centro Comunitário da Vila Margarida, a população reivindicou o fechamento do posto e os vereadores se comprometeram a agilizar uma reforma ainda este ano.

Na próxima quinta-feira, os vereadores Paulo Siufi (PMDB), Carlão (PSB) e Dr. Jamal (PR) se reúnem novamente com os moradores para apresentar a proposta de reforma para o prédio.

“Vamos atrás de parceiros e ver o que pode ser feito. Foi assim que foi construído, com a ajuda da população. Eles vão manter, nós só vamos coordenar”, explica o presidente da Câmara Paulo Siufi.

Ainda de acordo com Paulo Siufi, o vereador Carlão entrega amanhã uma lista com os materiais a serem utilizados e o custo da reforma.

Segundo o comandante do 9° Batalhão, o policiamento não deixou de ser feito e foi até reforçado depois da retirada dos policiais do bairro.

“O prédio é uma área desafetada, não pertence ainda ao Estado e é de interesse da população local. Eles entendem que não estava mais adequado e se mobilizam em uma contrapartida para que o posto volte a funcionar”, ressalta o coronel.

A previsão para início de reforma e término da obra deve ser apresentada na próxima quinta-feira, em reunião no Centro Comunitário, a partir das 18h.

Medo - Na semana passada o Campo Grande News esteve no bairro e pelos depoimentos dos moradores a impressão que se tem é de que ver a Polícia já dava a sensação de segurança. Para a vizinhança, a atenção dos policiais à região acalmava.

Por dentro, paredes desgastadas e janelas pintadas na tentativa de se esconder do sol. (Foto: Pedro Peralta)
Por dentro, paredes desgastadas e janelas pintadas na tentativa de se esconder do sol. (Foto: Pedro Peralta)

A região, vizinha ao bairro Giocondo Orsi, se transformou em bairro visado pelos criminisos e foi cenário de uma tentativa de assalto que terminou na morte de duas pessoas, na rua Genebra, no último dia 26 de setembro. A lembrança ainda está presente na cabeça dos moradores.

“Esse mês passado aí aconteceu um assalto e um policial à paisana que evitou, mas foi aqui quase em frente à creche. Se com Polícia já tinha, imagina sem?”, diz a babá Lenilda dos Santos Vieira, de 41 anos.

Uma das proprietárias de uma panificadora da Vila Margarida, Irene Moreira Cardoso, de 67 anos conta que teve o estabelecimento assaltado há dois meses e se não bastasse, bandidos também entraram na casa da filha na semana passada.

“Na quarta-feira pularam o muro e entraram na casa da minha filha. A gente não tinha quem chamar”, fala sobre a insegurança.

Saber que não tem Polícia por perto já tira o sono de quem trabalha e mora ali. “Estamos passando por um momento difícil, é medo em casa, no comércio”, acrescenta.

A neta, Mariana Cardoso Fantinato, de 17 anos, conta que teve que dormir com a irmã na noite do susto. “Eu não conseguia dormir sozinha. Eu vi um deles, a minha irmã viu outro, eles entraram dentro do quintal de casa”, desabafa.

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