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Capital

Polícia caça amigo que virou namorado e "inferniza" enfermeira

Filipe Prado | 01/08/2015 08:50
A enfermeira mostra a foto do acusado, quando ainda morava em sua casa (Foto: Marcos Ermínio)
A enfermeira mostra a foto do acusado, quando ainda morava em sua casa (Foto: Marcos Ermínio)

Dois anos após sofrer abuso sexual, uma enfermeira de 58 anos está amedrontada por receber ameaças do acusado, identificado como Cleiton Rodrigues Nascimento, 27. Uma ordem de prisão preventiva foi expedida, mas o rapaz está foragido.

A história começou em 1999, quando a enfermeira realizava caridade por bairros de Campo Grande. Nesta época ela encontrou Cleiton, então se iniciou uma relação de amizade entre os dois, que começou a se estreitar, então ele acabou indo morar na casa da vítima.

Ela relatou que o filho tinha ciúmes do seu amigo, então saiu de casa, para morar com a namorada, momento em que Cleiton se mudou para a casa da enfermeira. Ele morou e conviveu com a família da mulher até 2013.

Neste período, a vítima afirmou que tentou ter uma relação com o rapaz por duas vezes, mas ela acabou desistindo, mesmo apaixonada por ele. Porém, ela assegurou que o acusado começou a persegui-la.

No dia 3 de dezembro de 2013, a enfermeira estava em casa, quando Cleiton a serviu uma sopa e suco. Ao comer, ela sentiu um gosto amargo, mas pensou ser má disposição. Minutos depois, começou a sentir sonolência e desmaiou.

Tempo depois, a vítima acordou e presenciou o acusado em cima dela, praticando o ato sexual. A mulher não conseguiu reagir, por conta da sonolência, mas gritou, momento em que ele saiu.

Com medo da situação, o rapaz continuou morando na casa dela por quase um mês, mas ela acabou se indignando com a situação e o denunciou à polícia. Desde então, ela não o viu mais.

A ordem de prisão em nome de Cleiton foi expedida, mas até o momento ele não foi preso. A enfermeira assegurou que constantemente ele liga e a ameaça, sempre com telefones diferentes. “Eu não sei mais o que fazer. Estou desesperada”, afirmou.

Ainda apontou que Cleiton foi para o estado do Espírito Santo, mas por várias vezes retornou para Campo Grande. “Ele manda pessoas me perseguirem e me ligarem, para que eu retire a denúncia contra ele”, contou.

Conforme a delegada Rosely Molina, da DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), o inquérito policial foi instaurado e concluído. O caso tramita na Justiça. Ela confirmou que foi expedido o mandado de prisão, mas o suspeito está foragido.

A Polícia Civil do Espírito Santo foi acionada e tenta auxiliar a prisão, mas informações apontam que ele pode estar em Mato Grosso do Sul. “Os nossos policiais estão na rua para tentar encontrá-lo”, comentou.

“Minha vida virou um inferno. Não posso fazer mais nada. Não tenho mais nada a perder”, pontuou a enfermeira.

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