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Capital

Polícia descarta ação coletiva, mas confirma estupro e busca suspeito

Amanda Bogo | 06/07/2016 18:07
Delegado da Depca, Sérgio Lauretto, que diz não haver denúncia ou evidência de estupro coletivo, mas que menina foi vítima de abuso de um homem. (Foto: Marina Pacheco)
Delegado da Depca, Sérgio Lauretto, que diz não haver denúncia ou evidência de estupro coletivo, mas que menina foi vítima de abuso de um homem. (Foto: Marina Pacheco)

A Polícia Civil afirma, até o momento, que apenas um homem é apontado como suspeito de estuprar uma menina de 12 anos, e que não houve denúncia de estupro coletivo. A informação foi dada na tarde desta quarta-feira (6), após a vítima fazer o reconhecimento de dois adolescentes que estavam no local onde ocorreu a violência.

Segundo o delegado titular da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente), Paulo Sérgio Lauretto, os adolescentes de 15 e 17 anos, suspeitos de participar do crime, confirmaram que estavam no local quando a menina foi estuprada. Porém, disseram que não participaram da ação.

Ele afirma que não há denúncia ou evidências de estupro coletivo. Lauretto diz que nenhum detalhe do caso ou em relação ao suspeito será divulgado para evitar atrapalhar as investigações, além de preservar a identidade da vítima.

Adolescentes apreendidos teriam visto menina ser estuprada, mas não participaram do ato. (Foto: Marina Pacheco)
Adolescentes apreendidos teriam visto menina ser estuprada, mas não participaram do ato. (Foto: Marina Pacheco)

De acordo com o delegado, foi encontrado na residência – o local, como já dito, é um detalhe da investigação e não foi revelado pela polícia onde fica – em que a menina estava 20 gramas de cocaína e três porções de maconha, além de uma arma, conforme a menina havia relatado à polícia quando registrou o boletim de ocorrência.

Os adolescentes confirmaram ser usuários de drogas e que haviam comprado entorpecentes para consumir em uma festa. O rapaz de 15 anos confirmou ser o dono da arma, que alegou possuir para segurança pessoal.

Após o reconhecimento, eles foram encaminhados para a DEAIJ (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude) e responderão por posse de arma e de drogas. Os celulares dos rapazes foram apreendidos para busca de informações do suspeito do crime.

Conforme Lauretto, a menina estava abalada e entrou em estado de choque quando fez o reconhecimento dos dois adolescentes.

Caso – De acordo com a polícia, após fugir de casa, a menina de 12 anos encontrou um homem desconhecido que ofereceu um local para que ela passasse a noite. Ele a levou para a casa do adolescente de 17 anos, a apresentando como namorada, após passar em uma residência, onde disse que morava, porém não poderia entrar pois estava sem a chave do local.

A menina confirmou que consumiu drogas com o homem e dormiu na cama com ele. Quando acordou, percebeu que estava despida e suspeitou que havia sido violentada. 

Ela fugiu do local e foi encontrada por um conhecido da família. A garota contou o que houve para a mãe, que registrou o caso na polícia. O exame realizado no IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) confirmou que houve abuso sexual.

Para Lauretto, o caso serve de alerta para situações onde a pessoa foge de casa e busca ajuda de desconhecidos. “Muitas vezes, por questões banais, a menina briga e sai de casa por não querer ajuda da família, aceitando de estranhos, e aí o mal acontece”, finalizou o delegado.

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