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Capital

Polícia faz reconstituição de morte de sargento para esclarecer detalhes

Paula Vitorino | 05/01/2012 14:16
João Paulo simulou como foram efetuados os tiros, disparados por Valdir. (Fotos: Pedro Peralta)
João Paulo simulou como foram efetuados os tiros, disparados por Valdir. (Fotos: Pedro Peralta)
Policiais participaram da reconstituição para simular a participação dos envolvidos.
Policiais participaram da reconstituição para simular a participação dos envolvidos.

A Polícia realizou na manhã de hoje (5) a reconstituição do assassinato do sargento do Corpo de Bombeiros, Marcos Luciano Guilherme dos Santos, de 40 anos, ocorrido na madrugada do dia 25, no bairro Coronel Antonino, em Campo Grande.

De acordo com o delegado Valdir Benetti, a reconstituição não deve mudar a linha de investigações, mas foi necessária para esclarecer a dinâmica dos acontecimentos e materializar o crime.

“Precisamos reunir provas materiais do crime para encaminhar ao juiz. É importante saber de qual distância foram efetuados os disparos e a participação exata de cada um dos envolvidos”, diz.

Foram realizadas quatro simulações do crime, baseadas nas versões dos envolvidos. Participaram da reconstituição o amigo do sargento, que dirigia o veículo Fiat Uno em que os dois estavam, Rosevelte de Oliveira; o jovem que era perseguido pelos autores e levou um tiro no braço, Willian Cristofer de Oliveira Souza, 20 anos; o autor dos disparos, Valdir Alves da Conceição, de 23 anos, e o comparsa, João Paulo Neves, 20 anos.

Valdir foi preso no dia 29 de dezembro pela Polícia Militar e João Paulo se entregou há dois dias na 2ª Delegacia de Polícia Civil.

Segundo o delegado, Valdir efetuou 6 disparos ao todo. Foram três contra o sargento, dois em direção ao William e um disparado contra o veículo. O sargento morreu com dois tiros no peito e William levou um tiro no braço.

A arma de fogo utilizada foi uma garrucha, que só tem capacidade para duas balas por vez, segundo o delegado, e sendo assim, Valdir precisou recarregar a arma três vezes para efetuar todos os disparos.

De acordo com a versão dos autores, João Paulo estava carregando as munições e recarregou a arma uma vez para Valdir. João Paulo estava em uma bicicleta e Valdir ao lado, quando os dois encontraram William conversando com uma garota de programa, provavelmente negociando a venda de drogas.

Valdir diz que tinha “uma treta” com o rapaz e disparou os dois tiros contra ele. No mesmo momento, o sargento passou pelo local e parou o carro para ver o que estava acontecendo.

Segundo a versão de Valdir, ele disse para o sargento não se meter, “que a treta não era com ele”, e saiu correndo, mas ao olhar para atrás achou que os dois ocupantes do veículo tentariam fazer algo contra ele, já que desceram do veículo, e então ele voltou e disparou contra o sargento.

Rosevelte diz que o sargento recebeu um tiro, aí abaixou para pegar uma faca no porta-luvas do carro e em seguida levou o outro disparo. Ele ficou agachado ao lado do carro quando viu o rapaz armado. Ainda segundo Rosevelte, o sargento sempre andava com a faca para garantir sua segurança.

De acordo com o delegado, a versão dos envolvidos na reconstituição vai de encontro com o que foi apresentado até agora. Rosevelde e os autores apenas discordam do local onde foram efetuados os disparos.

O amigo do sargento afirma que o crime aconteceu no cruzamento com a rua Dourados, já o autor diz que disparou os tiros na esquina da rua de cima, Iguatemi.

Para o delegado, os detalhes apresentados pelos envolvidos não muda nada na investigação e o inquérito será encerrado até segunda-feira (9).

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