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Capital

Polícia ouve cinco pessoas e descarta roubo de carro de morto queimado

Luana Rodrigues | 13/09/2016 10:01
Perícia esteve no local para verificar circunstâncias da morte. (Foto: Alcide Neto)
Perícia esteve no local para verificar circunstâncias da morte. (Foto: Alcide Neto)

A família de Ivanildo Albertoni da Costa, 34 anos, foi ouvida pela Polícia Civil nesta segunda-feira (12). Nenhuma das testemunhas soube dar detalhes da vida que a vítima levava, o que dificulta a investigação, segundo a polícia. O que os policiais descobriram, é que a vítima não tinha carro, o que muda os rumos da investigação.

“Ainda não descartamos a possibilidade de latrocínio, mas a informação de que ele não tinha carro é importante porque nos leva para outras linhas de investigação e reafirma a hipótese de acerto de contas”, explica o delegado responsável pelo caso, Paulo Henrique Sá.

Durante atendimento médico, a vítima chegou a relatar que foi levada para o local após ter o veículo Voyage roubado na região do Santo Amaro. Com a nova informação, a principal hipótese investigada pela polícia, é a de que Ivanildo, que era usuário de drogas, tenha sido morto em um acerto de contas do tráfico. Outra possibilidade investigada, é a de que a vítima tenha morrido por conta dos crimes de furto dos quais é acusado.

Torturado e queimado - Morto em circunstâncias brutais, mas que ainda são um mistério, Ivanildo tinha passagens pela polícia por furtar duas pessoas e por tentar cometer este mesmo crime outras duas vezes, na cidade de Corumbá. A vítima morreu após ser encontrado com 90% do corpo queimado e as mãos e os pés amarrados, na manhã de domingo (11), na Rua EW 1 - continuação da Martins de Sá - região do Jardim Noroeste, saída para Três Lagoas, na Capital.

No local foram apreendidas roupas rasgadas, um cinto com marcas de sangue na parte interna da fivela, uma bituca de cigarro e um pedaço de papel queimado, que se tratava de um processo relacionado a uma ocorrência de tráfico de drogas. “Vamos ouvir os envolvidos neste processo para saber porque ele estava com o Ivanildo e qual a relação com o crime”, disse o delegado.

A vítima estava nua e com uma camisa amarrada no pescoço. Antes de morrer e falando com dificuldade, Ivanildo citou o nome de Wagner Albertoni, que foi identificado pela polícia e intimado a ir à delegacia, mas, segundo o delegado, não soube acrescentar nada que pudesse ajudar nas investigações.

Ao Campo Grande News, Wagner disse que não era muito próximo a Ivanildo, pois tinha se mudado há pouco para Campo Grande. “Não sei dizer se ele foi vítima de assaltantes ou se foi morto em um acerto de contas. Apenas, que sua namorada disse que ele estava bem e que frequentava a igreja”, contou.

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