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Capital

Polícia pede prisão de um e procura outro envolvido em morte de estudantes

Helton Verão | 14/09/2012 15:17

Prisão preventiva do homem que encomendou a Pajero foi expedida; O outro pode ser um boliviano

Foto dos jovens compartilhada nas redes sociais (Foto: Arquivo pessoal)
Foto dos jovens compartilhada nas redes sociais (Foto: Arquivo pessoal)
Delegada explica a situação do caso (Foto: Helton Verão)
Delegada explica a situação do caso (Foto: Helton Verão)

Foi pedida a prisão preventiva da sexta pessoa apontada como envolvida na morte dos universitários Breno Luigi Silvestrini de Araujo, 18 anos, e Leonardo Batista Fernandes, 19 anos, mortos com um tiro na cabeça após sequestro no dia 30 de agosto, em Campo Grande.

Um outro suspeito também está sendo investigado. A delegada responsável pelo caso, Maria de Lourdes Cano, afirma que o suspeito está sendo monitorado pelos agentes da Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos) e espera nos próximos dias efetuar a prisão.

“Ele que encomendou o veículo onde estavam os estudantes e iria intermediar a venda da caminhonete, seja para drogas ou para lucro”, explica a delegada, que mantém a identidade do suspeito em sigilo para não atrapalhar as investigações.

Os nomes não são divulgados para não prejudicar a apuração.

Segundo a delegada, ele reside na Capital, mas passa boa parte do tempo realizando seus negócios em Corumbá.

Com a prisão a expectativa é chegar a mais um envolvido no esquema de receptação. Existe a possibilidade de ser um boliviano que trataria das ações da quadrilha no país vizinho.

Maria calcula que 70% a 80% dos casos de roubos são para trocar por drogas no Paraguai e Bolívia.

O conflito das informações nos depoimentos dos sequestradores levou a delegada até os dois suspeitos. Apesar dos dois não terem participação no sequestro e assassinato serão julgados pelos mesmos crimes que os demais, roubo seguido de morte, roubo qualificado em concurso de pessoas, corrupção de menores, formação de quadrilha e ocultação de cadáver.

O crime - Os dois universitários foram sequestrados quando saiam de um bar, no último dia 30, em um veículo Pajero, que foi achado em Corumbá. Os corpos foram encontrados na manhã de sexta-feira, na região do Indubrasil. Á Polícia, Rafael da Costa Silva, de 22 anos, apontado como cabeça do grupo, disse que a caminhonete Pajero havia sido encomendada por um homem, que pagaria em cocaína pelo veículo.

O bandido disse que a quantidade de cocaína que iriam receber dependeria do estado em que a caminhonete estava. Ele contou ainda que resolveram abordar os estudantes porque não conseguiram roubar a caminhonete Hilux de uma mulher, na região da Via Parque.

Reconstituição - Na manhã de terça-feira (11) desta semana, Rafael e os demais envolvidos no crime, sua esposa Dayane Aguirre Clarindo, 24 anos, Weverson Gonçalves Feitosa, 22 anos, Raul Andrade Pinho, 18 anos, e um adolescente de 17 anos, irmão de Rafael, participaram da reconstituição do crime.

A reconstituição começou no local onde os estudantes foram abordados, a 150 metros do bar 21, no momento em que entravam na caminhonete, de propriedade do pai de Leonardo, Paulo Fernandes.

De lá, os policiais fizeram todo o trajeto dos assassinos até o local onde os dois estudantes foram mortos, uma galeria pluvial na região do minianel rodoviário entre as saídas de Rochedo e Aquidauana (MS-060 e MS-080).

A pena para os envolvidos no crime pode chegar até 45 anos. Lembrando que no Brasil a lei não permite que o criminoso fique preso por mais de 30 anos.

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