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Capital

Polícia prende gêmeos e professor que tentavam fraudar concurso público

Vinícius Squinelo | 20/10/2013 17:11
Flagrante foi realizado por equipe comandada pela delegada Ariene (foto: Vinícius Squinelo)
Flagrante foi realizado por equipe comandada pela delegada Ariene (foto: Vinícius Squinelo)

Os gêmeos Diego e Tiago Feliciano Rodrigues, 27 anos, e o professor Waldemir Ribeiro Acosta, 35, foram presos em flagrante tentando fraudar o concurso público da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, realizado na manhã deste domingo (20). Eles usavam celulares para receber as respostas das questões.

O trabalho policial teve início ainda no dia 13 de outubro, quando Tiago foi flagrado com um celular na prova da Polícia Militar, também realizada em Campo Grande. O aparelho estava grudado debaixo da manga da camisa, com fita adesiva. Na ocasião, ele foi “apenas” desclassificado do concurso, já que o celular não tinha nenhum conteúdo referente à prova.

Logo após Tiago ter sido excluído, o celular recebeu mensagens, com respostas das questões. A SAD (Secretaria Estadual de Administração), que realizava o concurso, então acionou a Polícia Civil para investigar o caso.

“Começamos a investigar o Tiago, e descobrimos que ele se inscreveu, junto com o irmão, na prova da Polícia Civil”, comentou a delegada Ariene Nazareth Murad de Souza Cury, titular da Dedfaz (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Defraudações), que comandou a investigação.

Nesta manhã, os policiais acompanharam toda a movimentação dos gêmeos. O modo de trabalho era simples, alguém sairia com o caderno de provas, o que é possível 2h após o início do concurso, resolveria as questões e mandaria por mensagem de celular.

A estratégia da Polícia acabou mostrando resultado, e Tiago e Diogo foram flagrados, por volta das 10h30, recebendo as respostas no aparelho celular. Após serem ouvidos, eles confessaram a participação do professor Waldemir, que foi preso às 16h, dentro da casa dos pais.

Waldemir tinha o trabalho de sair com o caderno de prova, resolver as questões e passar as respostas por mensagem. Os celulares foram encontrados, assim como na prova da PM, preso com fita adesiva no braço dos gêmeos.

Lista – Os gêmeos são servidores públicos municipais, da Educação e da Saúde, e já realizaram diversos outros concursos em Campo Grande. A Polícia ainda não pode afirmar que a fraude foi realizado em outros certame.

Waldemir vai responder por crime de fraude em certame de interesse público, e pode pegar entre 1 e 4 anos de cadeia. Já os Tiago e Diogo respondem por tentativa de fraude, com pena entre 1/3 e 2/3 menor.

A delegada determinou fiança de R$ 3.390,00 (cinco salários mínimos), e os acusados poderão responder o processo em liberdade.

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