Polícia prende outros dois envolvidos em assalto que terminou em morte de casal por PM
Albert Cavalheiro da Silva, 19 anos, e Fagner da Costa Alves, 25 anos, foram presos último sábado e apresentados hoje pela polícia como mais dois envolvidos do assalto que resultou na morte de um casal por um policial militar, último dia 26 de Setembro.
De acordo com a polícia, Celso Abdias da Cunha Santos, 33 anos, que tinha seis mandados de prisão em aberto, e Katiuscia dos Santos, 22 anos, foragida do regime semiaberto, foram mortos em uma tentativa de assalto na Vila Carolina (divisa com o bairro Giocondo Orsi), em Campo Grande. No dia do assalto, Albert e Fagner haviam conseguido fugir.
Presos, os dois confessaram que participaram do roubo. Fagner disse que os quatro estavam bebendo em um bar quando ficaram sem dinheiro, e resolveram “dar uma volta de carro pela cidade”. O grupo então avistou quatro pessoas dentro de um veículo, e decidiram que eram as vítimas ideais.
Armados, os criminosos chegaram a render três pessoas que estavam conversando dentro de um carro, na rua. Eles fizeram uma adolescente de 13 anos chamar a dona da casa, pois queriam levar também os carros que estavam na residência.
Todos foram obrigados a deitar no chão, inclusive o policial. Quando estavam deitados, o PM conseguiu reagir e atirar. A assaltante foi morta dentro de casa. Outro caiu morto na rua. Os outros dois conseguiram fugir, sendo presos no último sábado.
Albert e Fagner foram encontrados em duas residências diferentes no bairro Tarsila do Amaral. Nenhum deles possuía passagens policiais.
Fagner afirmou que participou do roubo porque estaria “desempregado e sem dinheiro”. Já Albert, casado e pai de três filhos, somente pediu desculpas para família. Fagner ainda comentou que ficou sabendo da morte do casal já no dia posterior ao assalto.
Os dois estão presos da Derf (Delegacia Especializada em Roubos e Furtos). Segundo o delegado Fabiano Nagata, os assaltantes roubaram apenas um notebook, que abandonaram na rua. Ainda segundo ele, a Justiça vai determinar o presídio que eles serão encaminhados, e o inquérito está praticamente concluído.
O nome do policial não foi divulgado pela Polícia Militar. O boletim de ocorrência foi colocado sobre sigilo. Segundo Nagata, a situação dele vai ser decidida também pela Justiça, e ele será julgado provavelmente por legítima defesa.