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Capital

Polícia vai indiciar duas pessoas pela morte de garoto em chácara

Renan Nucci | 02/12/2014 09:30
Delegada afirma que caseiro vai responder por homicídio, enquanto que o frentista será indiciado por porte ilegal de arma de fogo. (Foto: Alcides Neto)
Delegada afirma que caseiro vai responder por homicídio, enquanto que o frentista será indiciado por porte ilegal de arma de fogo. (Foto: Alcides Neto)

A Polícia Civil de Campo Grande vai indiciar o caseiro Antônio Rosa de Souza, 59 anos, e o frentista José Rafael, 30 anos, pela morte de Paulo Ricardo de Lima Simão, 10 anos, encontrado morto a tiros em uma chácara próxima ao lixão do Jardim Noroeste, na última sexta-feira (28). Antônio atirou na vítima com uma espingarda emprestada por Rafael. Enquanto esteve foragido, o caseiro teve a casa invadida e pertences incendiados em uma possível retaliação.

Ontem (01), Antônio se apresentou à delegada Daniela Kades, da 3ª Delegacia de Polícia da Capital. Durante depoimento, confessou que atirou contra o garoto ao confundi-lo com um usuário de drogas. Na noite anterior, após ingerir bebidas alcoólicas, ele ouviu alguns barulhos ao lado de fora da casa, e viu o vulto de uma pessoa.

Para tentar defender a propriedade, ele efetuou um disparo de advertência para o alto e seguida atirou contra o invasor, que caiu. Após o crime, foi até o posto de combustíveis que fica ao lado, e avistou o amigo frentista de que havia feito “uma burrada”. Rafael foi até à chácara e, com uma lanterna, constatou que se tratava de uma criança. Ele recolheu a arma e sugeriu que Antônio deixasse o local imediatamente, para evitar a revolta de populares.

“O caseiro disse que pegou a espingarda emprestada com Rafael para se proteger, já que a chácara tinha sido furtada por usuários de drogas. Ele alega que atirou para tentar espantar o invasor”, disse a delegada. Enquanto esteve foragido, Antônio teve a casa incendiada e perdeu alguns objetos destruídos pelo fogo. As origens do incêndio são investigadas pela polícia, mas a hipótese de vingança não foi descartada.

Rafael chegou a prestar depoimento logo após o crime, mas a versão apresentada por ele foi diferente da relatada pelo autor, por isso, foi convocado a comparecer novamente ao distrito policial acompanhado de um advogado, para prestar outros esclarecimentos e também apresentar a espingarda que ainda não foi apreendida. “Ele mentiu na primeira vez que falou com a polícia, e agora vai ter que dar mais explicações”, afirma Kades.

O frentista vai responder por porte ilegal de arma de fogo e favorecimento pessoal, enquanto que Antônio, por enquanto, será indiciado por homicídio simples. Rafael foi demitido e tudo leva a crer que o colega terá o mesmo destino, já que o dono do posto de combustíveis também é proprietário da chácara.

O menino, especial, tinha ido ao local com amigos para buscar manga durante a noite. O grupo deixou a propriedade, mas a vítima retornou, alegando que buscaria um porco para a ceia de Natal. O corpo foi encontrado na manhã de sexta, com ferimento provocado por arma de fogo e algumas marcas de pisadas nas costas que conforme Kades, seria do frentista que usou o pé para tentar virar a vítima.

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