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Capital

Policiais alvos de emboscada só iam checar; 7 pessoas já foram presas

Filipe Prado e Bruno Chaves | 29/01/2014 16:05
Nagata afirmou que os investigadores não precisavam de autorização para checar informações (Foto: Cleber Gellio)
Nagata afirmou que os investigadores não precisavam de autorização para checar informações (Foto: Cleber Gellio)

Os policiais, que sofreram emboscada de uma travesti na noite de ontem, foram checar informações e não investigar o roubo de joias avaliadas em R$ 80 mil. De acordo com o delegado titular da Derf (Delegacia de Especializada em Roubos e Furtos), Fabiano Nagata, os policias não precisam pedir autorização para checar informação. Quinze pessoas já foram presas.

“Se eles fossem investigar, eles iriam com reforço. E para checar informações, não precisam pedir autorização do delegado”, afirmou. Ele rebateu a denúncia do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis), de que a dupla não poderia ter realizado o serviço sem reforço de, no mínimo, oito policiais.

Sete pessoas foram presas em flagrante. Os principais suspeitos de assassinar Dirceu Rodrigues dos Santos, 38 anos, são os irmãos Alexandre Gonçalves Rocha, 19, e Alexandro Gonçaves Rocha, a travesti Natália, 21. “Não sabemos quem foi, pois cada hora um assume a autoria do crime para sí”, comentou Nagata.

Também foram presos em flagrante Cleber Ferreira Alves, 36, Lucia Helena Barbosa Gonçalves , 50, Renato Ferreira Alves,21, Geovani de Oliveira Andrade, 18 e um adolescente de 15 anos. Oito testemunhas foram chamadas para depor, elas podem estar envolvidas com o crime, mas ainda nada foi constatado.

Mais de 50 polícias, de acordo com o delegado Fábio Peró, estão envolvidos no caso, além de inúmeras delegacias. “O crime é complexo, ainda muitas respostas serão descobertas, pois todos ainda estão prestando depoimento”.

Caso - Dirceu e Osmar Ferreira, 39, teriam recebido a informação, de uma pessoa que estava detida, de que a jóia seria vendida em uma casa no bairro Campo Nobre. O informante os levou até a casa.

Segundo o delegado, Osmar entrou na casa, enquanto Dirceu ficou do lado de fora, junto com o informante. Ao entrar ele se deparou com a travesti Natália, que o reconheceu e deu um golpe na região do pescoço. O policial desmaiou. Logo após, todos que estava dentro da casa saíram.

Eles encontraram Dirceu e o informante. De acordo com Nagata, o grupo pediu para que o policial soltasse o companheiro deles, senão matariam Osmar. Dirceu o soltou, mas acabou sendo atingido por um tiro. Ao tentar fugir, ele caiu, então o grupo pegou a arma dele e realizaram mais dois disparos.

Após cerca de 30 minutos, Osmar recobrou consciência, quando percebeu que estava sendo levado para um local desconhecido. Ele conseguiu fugir, ligando imediatamente para o delegado Nagata.

A Polícia registrou a ocorrência como homicídio doloso qualificado por assegurar a execução, a ocultação, impunidade ou a vantagem de outro crime, além de furto, lesão corporal dolosa, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, receptação e resistência e finaliza o flagrante nesta quarta-feira (29), na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do bairro Piratininga.

O crime de homiício é investigado pelo 5º DP.

(Atualizado às 18:50h para alteração de informações)

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