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Capital

Policial que matou motorista era amante de jovem, diz família

Viviane Oliveira | 11/02/2014 11:59
Segundo a família, o taxista é quem pagava o aluguel da casa para Brunielly morar. (Foto: Marcos Ermínio)
Segundo a família, o taxista é quem pagava o aluguel da casa para Brunielly morar. (Foto: Marcos Ermínio)

A família do motorista Eliandro Ayala Antunes, 32 anos, disse que o policial era amante de Brunielly Dias Barbosa, 22 anos. Eliandro foi morto com dois tiros no peito ao arrombar a porta e dar de cara com a jovem junto com o PM, Geison Martins Soares, 34. O crime aconteceu por volta das 22h de ontem (10), na Rua Cabedelo, no bairro Guanandi II, em Campo Grande.

De acordo com uma sobrinha da vítima, que pediu para não ser identificada, Eliandro era taxista e havia alugado a casa para Brunielly morar. Ela disse que ontem à tarde o tio chegou a ir ao imóvel levar dinheiro para a jovem. “Eles estavam juntos ainda. O meu tio era apaixonado por essa mulher”, diz.

A sobrinha admite que Eliandro agiu errado em entrar com um simulacro de arma no local, mas afirma que o tio perdeu a cabeça. “Tudo isso é triste demais. Agora estão tratando ele como um marginal. No entanto, a história não é bem assim”, afirma, acrescentando que o tio deixou uma filha de 7 anos e uma mãe de 75 anos desesperada.

A mulher questiona também que a família, que mora na mesma região onde ocorreu o crime, não foi avisada na hora. “Nós ficamos sabendo quando um agente funerário ligou, por volta da 1h30 da madrugada”, reclama.

O caso - De acordo com o delegado que atendeu a ocorrência, Ivahir Luiz de Campos, o cabo da Polícia Militar agiu em legitima defesa, pois no momento do crime a vítima usava um simulacro de uma arma ponto 40.

Conforme a Polícia Civil, Eliandro arrombou a porta, invadiu a casa da jovem, que estava junto com o PM. Muito violento, o motorista empunhou o simulacro e disse que ia matar Brunielly, momento em que o policial atirou.

Depois que a vítima caiu, o PM pegou a arma e viu que se tratava de um simulacro. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e o Corpo de Bombeiros foram acionados e tentaram durante 30 minutos o procedimento de reanimação, mas o homem não resistiu e morreu no local.

O caso foi registrado como homicídio doloso na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), do bairro Piratininga.

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