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Capital

Por asfalto, moradores queimam pneus e interditam principal rua da Vila Nasser

Vinícius Squinelo e Francisco Júnior | 26/07/2011 10:00
Moradores colocaram fogo em pneus para protestar.
Moradores colocaram fogo em pneus para protestar.

Cerca de 80 moradores bloquearam, na manhã de hoje, a rua Ovídio de Paula Correia, principal via do bairro Vila Nasser, em Campo Grande. O protesto é contra o asfaltamento de apenas a própria rua Ovídio, e parte da rua João Guimarães Rosa, em detrimento das outras oito vias do bairro.

Desde ontem os moradores questionam o não asfaltamento das outras ruas do bairro. “Moro aqui há 30 anos, e sempre prometem asfaltar o bairro, e nunca cumprem, queremos uma providência urgente”, reclama a dona de casa Francisca Maura dos Reis, de 50 anos.

No bairro Vila Nasser, toda a rua Ovídio de Paula Correia e apenas uma quadra da rua João Guimarães Rosa foi pavimentada, deixando os moradores indignados. “Estou ligando para a Prefeitura, mas eles não dão nenhuma posição. Queremos falar com o prefeito (Nelson Trad Filho) ou com o secretário de Obras (Antônio De Marco), caso contrário não saímos daqui”, afirmou João Carlos da Costa, 64 anos, presidente do bairro.

Os manifestantes também queimaram três pneus no local para tentar chamar a atenção. Com o protesto, as máquinas que realizam a obra estão paradas. A Polícia Militar já está no local.

Segundo os moradores, o problema é generalizado. “Quando está seco tem a poeira, é gente com nariz sangrando e passando mal; quando chove é o barro que atrapalha”, explica outra moradora, a auxiliar de restaurante Luzia Serafim, de 42 anos, há dez residente na Vila Nasser.

Ainda segundo Luzia Serafim, as crianças do bairro chegam a ter problemas na escola devido à lama. “Os professores brigam com eles por causa da sujeira”, afirmou o auxiliar de restaurante.

Ainda segundo os manifestantes, a rua Ovídio de Paula Correia não é via do transporte coletivo urbano de Campo Grande.

A posição da Prefeitura Municipal de Campo Grande é de que este tipo de manifesto não é o caminho adequado para realizar reivindicações. Segundo a assessoria, o presidente de bairro deve trabalhar como “ponte” com o executivo municipal, através do Conselho Regional, no caso da Vila Nasser, o Conselho do Segredo.

Acessibilidade- A cadeirante Terezinha Pereira Evangelista, de 55 anos, afirma que em dias de chuva sequer consegue sair de casa. “Quando o tempo está seco eu preciso de ajuda pra conseguir chegar ao asfalto, quando chove, chego a passar uma semana em casa, porque não consigo sair”, desabafa Terezinha.

A cadeirante mora no trecho da rua João Guimarães Rosa que não foi asfaltado. Ela participa do protesto, e grita junto com os outros moradores a frase de ordem: “queremos asfalto.”

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