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Capital

Por causa da droga, ela foi parar na prisão, mas o filho é a esperança de mudar

Mariana Lopes | 28/02/2013 17:36
Irmã de Elivânia conta que antes ela dava problemas, mas depois que o filho nasceu, sossegou (Foto: Luciano Muta)
Irmã de Elivânia conta que antes ela dava problemas, mas depois que o filho nasceu, sossegou (Foto: Luciano Muta)

Presa pela terceira vez, Elivânia Magalhães Silva, 27 anos, traz consigo um histórico de dependência química e tráfico de drogas. Hoje, ela é mãe de um menino de 2 meses e detenta do Presídio Irmã Irma Zorzi, em Campo Grande. Duas condições que renderam à irmã dela um corre-corre para conseguir, em dois dias, que o bebê fosse ficar com a mãe.

Os últimos passos de Elivânia, antes do filho dela nascer, a família desconhece. “A gente não sabe o que ela andava fazendo, ela sempre fez os rolos dela e depois aparecia com o pipino”, conta a irmã, Elizabeth Magalhães Silva, que foi quem correu atrás da papelada para conseguir a ordem judicial autorizando a presidiária a ficar com o filho.

Na primeira vez que foi presa, ela cumpriu 4 meses de prisão e foi solta, segundo Elizabeth. Na segunda vez, ficou 7 meses e já estava grávida do filho, o primeiro.

Elizabeth explica que quando foi solta na primeira vez, ela precisava assinar um documento no Fórum para provar que estava na cidade. Porém, ao ser presa pela segunda vez, deixou de assinar, situação que gerou na Justiça um descumprimento de Lei e agora ela foi presa com mandado por causa disso, ainda conforme explicação da irmã.

Foram dois dias que mãe e filho tinham apenas um encontro, ou seja, Elivânia podia amamentar o bebê somente uma vez por dia. “Ela chorava muito, estava desesperada por ter que ficar longe do filho”, conta Elizabeth, que ficou com o menino em casa durante esse período de acordo com a Justiça.

“Ela já deu muito trabalho, mas sossegou depois que o filho nasceu, antes a gente nem sabia por onde ela andava, agora ela só ficava em casa”, afirma Elizabeth. Elivânia foi presa na casa da mãe, na Vila Vilma, pela PF (Polícia Federal), na última segunda-feira (25).

De acordo com o defensor público que conseguiu a autorização judicial, Paulo Henrique Paixão, é um direito da criança de ser amamentada pela mãe, previsto no artigo 5º da Constituição Federal.

Com a medida, o menino vai permanecer com a mãe até o sexto mês, conforme exige a Lei de Execuções Penais. Conforme informações do defensor público, no presídio feminino há um berçário onde ficam as lactantes.

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