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Capital

Por causa de idade, mães enfrentam problemas na hora de vacinar crianças

Mariana Lopes | 23/04/2014 17:10
Podem vacinar crianças a partir de seis meses e menores de cinco anos (Foto: Cleber Gellio)
Podem vacinar crianças a partir de seis meses e menores de cinco anos (Foto: Cleber Gellio)

A intenção neste ano é imunizar um número maior de crianças contra o vírus da gripe em relação às campanhas anteriores. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a meta é vacinar, em Campo Grande, 53.414 crianças a partir de seis meses e menores de cinco anos. Mas, em alguns postos de saúde, a especificação exata da idade gerou alguns problemas com pais que levaram os filhos para vacinar.

A enfermeira Lilian Cavalheiri, 41 anos, foi levar o filho na tarde de hoje para vacinar, na unidade de saúde 26 de Agosto. O menino tem 5 anos recém completados, mas não pôde receber a dose. “Justificaram que era permitido vacinar crianças de até 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade, achei um absurdo”, diz a mãe.

O questionamento dela é sobre a pouca diferença de idade. “Com um dia de diferença eles já não vacinam, mas com 5 anos a criança ainda não tem a imunidade amadurecida, e corre risco também”, pontua Lilian, que tinha a esperança de neste ano conseguir economizar R$ 85 que é cobrado pela vacinação em clínicas particulares.

Quem também saiu indignada do posto de saúde foi a publicitária Gislene Guerra, 30 anos. Ela levou o filho para vacinar e recebeu a notícia de que teria que voltar a partir de amanhã. O motivo: a criança completa 6 meses nesta quinta-feira e ela não pôde ser vacinada por causa de 1 dia no calendário.

“Vou ter que voltar aqui amanhã por causa de 12 horas, não tem cabimento, é muita burocracia”, reclama a mãe. A enfermeira do posto de saúde Celma de Abreu explicou que o sistema não aceita cadastro que não esteja dentro da especificação exata de idade.

Imunização teve até fila na tarde de hoje em posto de saúde (Foto: Cleber Gellio)
Imunização teve até fila na tarde de hoje em posto de saúde (Foto: Cleber Gellio)
Bebê chora ao receber vacina em unidade de saúde (Foto: Cleber Gellio)
Bebê chora ao receber vacina em unidade de saúde (Foto: Cleber Gellio)

No posto de saúde do Guanandi, a vacinação está normal, mas na tarde de hoje não funcionou porque, segundo funcionários, a enfermeira responsável por aplicar a dose não foi trabalhar por motivos de saúde. A unidade conta com apenas uma pessoa para fazer a vacinação, conforme informações dos funcionários do posto. O gerente da unidade não quis falar com a equipe de reportagem.

Em outra região da cidade, no posto do Coronel Antonino, o movimento estava calmo na tarde desta quarta-feira. O motorista Walter Luiz Aldá, 62 anos, nem precisou enfrentar fila para se vacinar. “Fui bem atendido, cheguei e só tinha uma pessoa antes de mim, mas foi bem rápido”, completou o idoso.

A campanha de vacinação começou ontem em Campo Grande e continua até 9 de maio. A meta do Ministério da Saúde é vacinar pelo menos 80% do público destinado.

A vacina também será disponibilizada para grupos considerados mais vulneráveis à gripe, como as pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores da saúde, povos indígenas, gestantes, mães até 45 dias após o parto, pessoas com doenças crônicas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.

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