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Capital

Por falta de pagamento, grupo tranca funcionários em canteiro de obras

Viviane Oliveira e Evelyn Souza | 28/06/2013 20:27
Trabalhadores afirmam que só vão sair do local depois de receberem os salários atrasados. (Foto: Marcos Ermínio)
Trabalhadores afirmam que só vão sair do local depois de receberem os salários atrasados. (Foto: Marcos Ermínio)

Cerca de 50 funcionários que prestam serviço para a construtora Rossi protestam na noite desta sexta-feira em frente de um condomínio no bairro Rita Vieira, ao lado da escola municipal Professora Iracema Maria Vicente, em Campo Grande.

Eles estão desde às 6h no local e afirmam que só vão sair depois de receber os salários atrasados desde janeiro. Eles também proibiram profissionais de outras empreiteiras de entrar, só liberaram para o administrativo, que está impedido de sair, até que o salário seja pago.

Segundo os funcionários, eles foram contratados pela empresa Ricardos Fillito Tintas, de São Paulo, para prestar serviço para a Rossi, mas que a empresa faliu e desde março não recebem pagamento.

Eles reclamam que a maioria dos funcionários, que trabalham como pintor na obra, é de outro estado e a empresa não paga nem o alojamento para os funcionários. O pintor Vandeilson Santos Brito, de 34 anos, que mora no Estado do Maranhão, disse que mora com mais três pessoas e que vão acabar sendo despejados por falta de pagamento.

“Além dos salários atrasados, eles não pagam nem a nossa estadia na cidade”, reclama Cícero, acrescentando que só vai sair de frente da obra depois que receber os pagamentos atrasados.

Uma das poucas mulheres do grupo, Sirlei Pereira da Silva, de 39 anos, disse que foi demitida no dia 5 deste mês e até agora não recebeu um mês de salário e a rescisão. “Eu trabalhei dois meses e só recebi um. Estou preocupada porque a minha carteira de trabalho está retida em São Paulo e por conta disso já perdi dois empregos”, lamenta.

Sirlei reclama que também não depositaram o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). “Nada do que eles prometeram foi cumprido”, diz.

Segundo os funcionários, quando a empresa Fillinto deixou de pagar eles pararam de trabalhar. Por conta disso, a construtora Rossi demitiu os funcionários dizendo que pagaria num prazo de 15 dias, mas o acordo não foi cumprido.

Hoje a empresa afirmou que pagaria até as 14h e até agora nada. “Vamos passar a noite aqui se for preciso, mas só vamos sair com o que é nosso de direito”, dizem os trabalhadores.

A assessoria de imprensa da Rossi informou que a construtora vai assumir a dívida da empreiteira e o pagamento dos funcionários será realizado ainda hoje.

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