ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  23    CAMPO GRANDE 26º

Capital

Por ordem judicial, Adalberto Siufi deve voltar ao Hospital do Câncer

Liminar leva em consideração que não houve sindicância interna antes do afastamento, que traz queda na renda mensal do médico

Nyelder Rodrigues | 05/06/2013 22:32
Adalberto Siufi é um dos criadores da fundação que mantém o hospital, e por isso tem cargo vitalício (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Adalberto Siufi é um dos criadores da fundação que mantém o hospital, e por isso tem cargo vitalício (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

O médico Adalberto Abrão Siufi pode voltar em breve a atender no Hospital do Câncer Alfredo Abrão (HC), mesmo após ter sido afastado, apontado pelas investigações da Operação Sangue Frio como chefe de esquema de corrupção no tratamento oncológico.

Siufi, afastado desde 8 de maio, entrou com ação cautelar nesta semana pedindo o seu retorno como médico ao hospital, o que foi acatado e determinado pelo juiz Geraldo de Almeida Santiago. Foi dado o prazo de cinco dias para que ele retorne ao cargo.

No entendimento do médico, o afastamento foi irregular, afrontando ordenamento jurídico e o regimento interno da Fundação Carmem Prudente, mantenedora do hospital, e regimento do próprio HC.

Como argumento, Adalberto Siufi usou o fato dele ter sido afastado em reunião extraordinária no dia 7 de maio, o que contraria o regimento, que aponta que qualquer membro do corpo clínico suspeito de infração tem de passar por sindicância de 30 dias antes de qualquer medida.

Se na sindicância for comprovada irregularidade, aí sim tem de ser determinada punição, justifica. Siufi é médico titular do HC, e um dos criadores da Fundação Carmem Prudente, e por isso possui cargo de caráter vitalício.

Além disso, o juiz considerou que o afastamento pode ocasionar dano à Siufi, pois a proibição do exercício profissional pode diminuir sensivelmente a renda mensal do médico. Ele também se refere que não há ação em trâmite com o nome de Adalberto para afastá-lo de suas funções.

Nos siga no Google Notícias