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Capital

Por terem feito benfeitorias, ocupantes se dizem no direito de viver em lotes

Bruno Chaves e Graziela Rezende | 22/10/2013 13:59
Vizinhança acompanhou reintegração de posse (Foto: Marcos Ermínio)
Vizinhança acompanhou reintegração de posse (Foto: Marcos Ermínio)

Moradores que ocupam os loteamentos Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora das Graças, região da Vila Nasser, em Campo Grande, se dizem detentores do direito de residirem no local por terem feito benfeitorias na região. Eles contam que habitaram o local há cerca de dois anos e chamaram até um topógrafo da prefeitura para nomear as ruas.

Nesta terça-feira (22), três oficiais de justiça, policiais militares e a procuradora Janete Leite, proprietária da área, foram à região acompanhar a reintegração de posse de um terreno onde mora Eli Bruno, 45 anos, que ocupa um lote há um ano e meio.

Eli e vizinhos afirmam que a família – formada por quatro pessoas – é retirada da residência sem notificação e liminar de despejo. Eles também afirmam que Janete não aceita negociação nenhuma.

“Já chegamos a oferecer R$ 30 mil em espécie e ela não quer”, disse Eli. A auxiliar administrativa Simone Borba, 27 anos, também mora no loteamento há um ano e meio e diz que Janete não fez nenhuma benfeitoria na região e, até o início deste ano, não pagava os impostos.

“Se você for à prefeitura vai ver que a maioria dos terrenos aqui tem impostos e as contas de água e luz em nome dos moradores. Ao todo, 300 famílias dos dois bairros entraram com ação conjunta na Justiça para poder morar aqui. O advogado que passou essas informações”, disse Simone.

Sobre a saída de Eli da casa, a população se demonstrou solidária. O rapaz disse que não tem para onde ir e terá que morar de aluguel. Já os vizinhos, ofereceram abrigo para a família. A advogada do morador tenta adiar a demolição.

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