Precariedade é denunciada por enfermagem da Santa Casa
Após a promessa de paralisação dos médicos da Santa Casa de Campo Grande por causa de atraso no pagamento de honorários, agora são os enfermeiros do local que reclamam das condições de trabalho.
De acordo com o Sindicato de Enfermagem do Estado de Mato Grosso do Sul (Siems), será encaminhado na segunda-feira (19) uma denúncia sobre a situação aos ministérios públicos Estadual e Federal.
O sindicato diz que as denúncias não são novas, mas a situação se agravou, havendo inclusive vídeos expondo os problemas que muitas vezes fazem com que os funcionários do hospital recorram à improvisos em ECI’s (Enfermaria de Cuidados Intensivos)
Problemas como superlotação são relatados desde outubro de 2011 à administração da Santa Casa. Porém, os enfermeiros reclamam que agora a situação piorou com a criação dos ECI’s, que são alas improvisadas para receber pacientes realocados das CTI’s, mesmo que a situação estrutural não seja adequada.
“Ou seja, pacientes de alta complexidade com respiração artificial, em coma, não dispõe do número de técnicos e enfermeiros necessários para suas condições de saúde. Chegamos a enfrentar plantões nas alas 1º B e 1º C com dois técnicos e um enfermeiro para atender 45 pacientes que necessitavam de cuidados especiais”, Lázaro Santana, que é secretário geral do SIEMS e membro do Conselho Local de Saúde do Hospital.
Conforme a presidente do Siems, Helena Delgado, 166 trabalhadores de enfermagem pediram demissão da Santa Casa nos últimos seis meses, e as não houve reposição destes funcionários, sobrecarregando os que continuam no hospital.
Ainda conforme o Siems, a justificativa da direção da Santa Casa é que há falta de profissionais no mercado de trabalho para atender a demanda do hospital. Além disso, a direção rechaça a existência de problemas no atendimento nas ECI’s.
