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Capital

Prédio "misterioso" que avança e aguça especulações será shopping

Alan Diógenes | 07/03/2015 10:23
Prédio chama a atenção de quem passa pela Avenida Afonso Pena pelo tamanho. (Foto: Alcides Neto)
Prédio chama a atenção de quem passa pela Avenida Afonso Pena pelo tamanho. (Foto: Alcides Neto)

Um prédio espelhado misterioso que está surgindo na Avenida Afonso Pena, ao lado do Camelódromo da Capital, tem aguçado a curiosidade dos campo-grandenses que passam pelo local. Por enquanto, o térreo do local está sendo utilizado como estacionamento pago, mas as pessoas querem mesmo saber é sobre o que será feito no primeiro andar, já que a estrutura imensa chega até a Rua 15 de Novembro, do outro lado do quarteirão.

Pâmela Palermo, 23 anos, proprietário de uma loja de roupas ao lado do empreendimento, acredita que o prédio será semelhante ao Centro Comercial Afonso Pena ou a grande loja Planeta Real. Outra ideia da jovem é de que no lugar seja instalada uma loja de departamentos como Casas Bahia ou Riachuelo. “Pelo menos é o que a gente escuta falar”, argumentou.

A preocupação da comerciante é com a concorrência. “Acredito que o lugar vai trazer mais pessoas para cá, mas nossas vendas irão ficar divididas com a deles. Nós já competimos com as lojas dos bairros, agora vamos ter que competir com mais uma grande loja”, comentou.

O proprietário de uma ótica na região, Hélio Marques, 40, disse que os “burburinhos” são muitos entre os comerciantes e moradores da região. Apesar disso, ele aprovou o estacionamento do local, que acaba sendo utilizado pelos clientes de suas loja. “Cada um fala uma coisa, já nem sei mais o que pensar sobre isso aí. Agora o estacionamento está sendo bem aproveitado, até por que sumiram as vagas do Centro”, mencionou.

Presidente da associação dos vendedores do Camelódromo disse que eles não temem concorrência. (Foto: Marcelo Calazans)
Presidente da associação dos vendedores do Camelódromo disse que eles não temem concorrência. (Foto: Marcelo Calazans)

O estacionamento do prédio funciona de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 19h. Nos sábados, das 7h às 18h. O valor para guardar motocicletas é de R$ 1, veículos de passeio R$ 1,50 e caminhonetes R$ 2.

Questionado se os donos de box do Camelódromo já estão preocupados com a concorrência, o presidente da AVA (Associação de Vendedores Ambulantes), Francisco José Pereira, 48, disse que eles ainda não começaram a se manifestar. “Ficamos sabendo que no local serão construídas lojas de 80 metros, mas com produtos diferenciados dos nossas como: lotéricas e farmácias. Então até agora não houve reclamações por parte dos vendedores. O dono do empreendimento mantém contato comigo, mas não sei muito sobre o que vai ser”, apontou.

Para matar a curiosidade do povo, o engenheiro civil da obra construída por uma empresa de Paranavaí (PR), Aldir Taveira Batista explicou ao Campo Grande News o que será o empreendimento. “Vai ser algo semelhante à um shopping center com galeria de lojas. Já construímos prédios semelhante em Marília e Araçatuba (em São Paulo), todas elas com estacionamento. Agora chegou a vez de Campo Grande”, explicou.

Cabeleireiro cedeu a pressão e acabou vendendo comodato. (Foto: Alcides Neto)
Cabeleireiro cedeu a pressão e acabou vendendo comodato. (Foto: Alcides Neto)

Prédios onde funcionavam farmácia, restaurante, bar, vila de quartos e loja, que ficavam entre o empreendimento e o Camelódromo foram comprados pela empresa. Somente ficou o salão de beleza do cabeleireiro Sérgio Ferreira de Lima, 45, que também acabou cedendo a pressão e vendendo o comodato. “Eu estava empatando o construção e por uma questão de bom senso e cidadania, sabendo que o empreendimento vai trazer benefícios para a região, resolvi vender. Estou pensando em ir para o Bairro Tiradentes, ma região que está crescendo e onde posso manter meu salão. Meus vizinhos já se foram desde a época de Copa, estava sozinho aqui, então vai ser melhor pra mim”, finalizou.

Salão de beleza de Sérgio resiste entre a obra que toma conta de toda a área. (Foto: Marcelo Calazans)
Salão de beleza de Sérgio resiste entre a obra que toma conta de toda a área. (Foto: Marcelo Calazans)
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