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Capital

Prefeito assina convênio que garante mais 19 leitos para prematuros na Capital

Flávia Lima | 29/05/2015 13:29
Prefeito Gilmar Olarte visita maternidade Cândido Mariano após assinatgura de convênio esta manhã. (Foto:Divulgação)
Prefeito Gilmar Olarte visita maternidade Cândido Mariano após assinatgura de convênio esta manhã. (Foto:Divulgação)

Convênio firmado na manhã desta sexta-feira (29) entre o prefeito Gilmar Olarte (PP) e o presidente da maternidade Cândido Mariano, Alfeu Duarte, vai garantir a instalação de mais 19 leitos para atendimento intensivo de prematuros. Serão mais 10 UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo) e 9 unidades de tratamento intermediário. O hospital, que hoje conta com 10 UTIs, passa a ter 20, enquanto as unidades intermediárias serão ampliadas de 16 para 25.

Deverão ser investidos R$ 395 mil mensais, que será dividido entre município e o Estado. A previsão é que até dezembro o Ministério da Saúde habilite as novas unidades, garantindo o custeio do seu funcionamento. Nesta fase inicial a prefeitura vai bancar os salários dos profissionais, como pediatras neonatais, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Hoje o teto financeiro do hospital é de R$ 1,16 milhão por mês.

Durante visita a maternidade, o prefeito ressaltou que um dos principais problemas da saúde pública no Estado é justamente a falta de leitos de UTI neonatal, existentes apenas em Campo Grande e Dourados. Atualmente há 78 leitos de UTI em neonatologia em Mato Grosso do Sul. No entanto, segundo autoridades de saúde, a meta é atingir 100 leitos.

Segundo Olarte, a situação acaba prejudicando a Capital, onde em média por mês são atendidos 50 prematuros encaminhados por cidades do interior. “Desde outubro do ano passado estamos construindo esse projeto que vai impactar diretamente na redução da mortalidade infantil entre os recém-nascidos”,comenta o prefeito.

O presidente da Maternidade, Alfeu Duarte, comentou que o déficit de leitos gera situações dramáticas no dia-a-dia do hospital, como a necessidade de manter até cinco recém-nascidos sob respiração manual ou mecânica até haver um leito de UTI disponível e que a ampliação dos leitos representa um suporte importante ao hospital.

Mais vagas - Segundo superintendente da Secretaria Municipal de Saúde Pública, Virgilio Gonçalves, ampliar a oferta de vagas para o atendimento de prematuros é uma medida que vai impactar diretamente no índice de mortalidade infantil. “De acordo com o Ministério da Saúde, a prematuridade é a principal causa de morte no primeiro mês de vida – cerca de 70% dos óbitos de crianças ocorrem nos primeiros 28 dias após o nascimento. Atualmente, a taxa de mortalidade de crianças abaixo de 1 ano é de 8,5 por mil nascidos vivos”.

Campo Grande tem hoje 40 leitos de UTI neonatal, distribuídos entre a Maternidade, o Hospital Regional e a Santa Casa. Normalmente o prematuro fica até cinco dias na UTI e à medida que reage ao tratamento, é transferido para uma unidade intermediária onde fica até ter alta.

Olarte também reafirmou a disposição de ampliar parceria com a maternidade, que nos próximos 60 dias vai entregar uma nova ala com 3.500 metros quadrados de área construída. A nova estrutura vai permitir abertura de mais 30 leitos de UTI neonatal, ampliando de 600 para 1.000 partos por mês a capacidade de atendimento.

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