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Capital

Prefeito descarta R$ 3,50, mas vai autorizar reajuste na tarifa este mês

Ricardo Campos Jr. e Thiago de Souza | 14/11/2015 17:54
Bernal discursa durante evento de reabertura do Parque Ayrton Senna (Foto: Thiago de Souza)
Bernal discursa durante evento de reabertura do Parque Ayrton Senna (Foto: Thiago de Souza)
População questiona qualidade do transporte público para custar tão caro (Foto: Gerson Walber)
População questiona qualidade do transporte público para custar tão caro (Foto: Gerson Walber)

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), garantiu que o aumento na tarifa do Transporte Coletivo não chegará aos R$ 3,50 pleiteados pelo Consórcio Guaicurus, que administra o serviço. Sem entrar em detalhes sobre o reajuste, que só vai ser divulgado na terça-feira (17), o pepista disse, em entrevista durante a reabertura do Parque Ayrton Senna, que o valor a ser aplicado no vale transporte foi baseado em um estudo feito pelo município.

Levantamento feito pelo Campo Grande News apontou que se o pedido da concessionária fosse atendido, a cidade cobraria o segundo maior valor do país pelo transporte público.

O maior peso no cálculo da tarifa é o óleo diesel, que acumula alta de 14,05% nos últimos 12 meses, de R$ 2,626 para R$ 2,995, segundo levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo). O produto foi contemplado com a redução na alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), de 17% para 12%, mas continua mais caro por causa dos últimos dois reajustes praticados pela Petrobras.

A data-base do reajuste no transporte coletivo é outubro. O prefeito sinalizou que vai segurar o máximo que puder para autorizar o aumento.

Se autorizar o reajuste de 16,6%, o aumento será superior à inflação acumulada nos últimos 12 meses, 9,82%, segundo o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) calculado pela Nepes da Uniderp.

O aumento também ecoou na Câmara Municipal. Alguns vereadores questionaram as razões do aumento, considerando que recentemente houve queda no preço do diesel, depois da redução da alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no estado. Chiquinho Teles (PSD) chegou a dizer que o aumento "é um assalto".

A data em que o aumento vai começar a valer também não foi divulgada. Bernal já havia declarado que só tomaria a decisão quando tivesse a certeza de que traria benefícios para a população.

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