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Capital

Prefeitura abandona obra milionária de escola e de posto de saúde

Mariana Lopes e Paulo Francis | 27/06/2013 20:35
Na escuridão, obra abandonada causa mais medo em moradores (Foto: Pedro Peralta)
Na escuridão, obra abandonada causa mais medo em moradores (Foto: Pedro Peralta)

Os moradores dos bairros Parati e Paulo Coelho Machado, em Campo Grande, acusam a Prefeitura de ter abandonado as obras de uma escola e de um posto de saúde, que foram iniciadas na administração anterior. O Campo Grande News recebeu um documento denunciando o abandono das construções e o descaso da atual gestão com a educação e a saúde da Capital.

A obra da escola fica no bairro Paulo Coelho Machado, em frente a um condomínio da Homex, e a construção está bem adiantada, aparentemente faltando apenas acabamento. Segundo os moradores, a obra foi abandonada em janeiro deste ano, quando o prefeito Alcides Bernal (PP) assumiu a administração da Capital.

O pintor Patrick Arguelho, 27 anos, mora no condomínio e afirma que a promessa era de entregar a escola pronta ainda este ano. “Mas até agora está parada, com um projeto desses bem em frente à minha casa e meus filhos tendo que estudar em um colégio em outro bairro”, reclama o pintor.

Outro ponto problemático apontado pela aposentada Dalva Corrêa, de 65 anos, é que o local abandonado virou abrigo para usuários de drogas. “Durante a noite tem fumeiros e eles só não levam as ferragens da construção porque tem o porteiro do condomínio que acaba cuidando”, denuncia a moradora.

Ainda conforme informações da aposentada, o índice de assaltos aumentou na região. “Esses tempos, vi da janela do meu apartamento um cara na esquina, parecia que estava de tocaia”, disse. Ela relembra ainda que há 15 dias furtaram uma moto de dentro do condomínio.

Posto de Saúde – No bairro Parati, a reclamação é a mesma, porém, em relação à obra de um posto de saúde que começou no ano passado, mas não deve continuação com a nova gestão da Prefeitura de Campo Grande.

De acordo com a operadora de call center Adriana de Araujo Valdes, 33 anos, a construção foi interrompida sem justificativa. “Já ouvi falar que foi porque minava água do terreno, que é próximo a um córrego, também saiu uma história de que pararam por causa do trânsito, que é intenso na região”, comentou a moradora.

Contudo, a maior reclamação dela é de não ter uma unidade de saúde no bairro onde mora. “Os moradores precisam ir até o posto de saúde do bairro Piratininga, que é longe, raramente tem médico, as consultas marcadas demoram de 30 a 40 dias para acontecer”, critica Adriana.

A aposentada Jane São Romão, 62 anos, lembra que até ficou animada quando soube da novidade de que sairia um posto de saúde no local, mas logo levou um banho de água fria.

“De repente soube da noticia que não iriam mais fazer, fiquei triste, porque a unidade do Piratininga está caindo aos pedaços e se fizessem um aqui no Parati até iria desafogar o outro”, observa a aposentada.

No terreno onde seria construído o posto de saúde ainda não há construção levantada, apenas restos de material de construção. A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura e questionou sobre a paralisação das obras, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta

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