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Capital

Prefeitura de Naviraí nega desvios e abre sindicância para apurar denúncias

Polícia Federal e CGU deflagraram a ação nesta quarta-feira (15), em Naviraí, Três Lagoas e Campo Grande

Leandro Abreu | 15/06/2016 14:01
Viatura da Polícia Federal em frente da farmácia municipal, na manhã desta quarta-feira (Foto: Umberto Zum)
Viatura da Polícia Federal em frente da farmácia municipal, na manhã desta quarta-feira (Foto: Umberto Zum)

A Prefeitura de Naviraí, município a 366 quilômetros de Campo Grande, afirmou por meio de nota que irá abrir uma sindicância para apurar as suspeitas de desvio de verba pública e medicamentos da farmácia municipal, investigada pela operação Tarja Preta, desencadeada pela PF (Polícia Federal), em conjunto com a CGU (Controladoria-Geral da União), nesta quarta-feira (15). Mandados de busca e apreensão, condução coercitiva e sequestro de bens de investigados foram cumpridos também em Campo Grande e Três Lagoas.

Conforme a nota divulgada, a prefeitura de Naviraí afirma que não existe nenhum desvio de medicamentos na farmácia municipal. “A saúde do município informa que foram entregues a todas as classes sociais que procuraram o beneficio na unidade. Os remédios foram distribuídos de forma gratuita via SUS através de receita médica aos pacientes”, diz a nota.

Ainda conforme o comunicado, a administração municipal apoia todo tipo de investigação, que apure suspeitas de desvio de verba pública. “O prefeito Municipal informa que abrirá sindicância para apurar os fatos alegados, e que todas as medidas serão tomadas para preservar a correta aplicação dos recursos”, conclui a nota.

De acordo com a PF, as investigações que começaram no ano passado constataram a existência de um grupo ligado ao prefeito de Naviraí com o fornecimento direcionado de medicamentos, causando prejuízo à população carente. Apenas neste período, a informação é que o grupo desfiou cerca de R$ 500 mil dos cofres públicos.

Ao todo, 90 policiais federais, com apoio de nove agentes da CGU, cumpriram 17 mandados de busca e apreensão, 12 de condução coercitiva e dois de sequestro de bens de investigados. Ainda de acordo com a PF, a quadrilha se especializou em desvio de medicamentos e fez outros gastos com a aplicação de recursos federais repassados pelo Ministério da Saúde na aquisição de de medicamentos do Programa de Atenção Básica em Saúde. A operação desencadeada pela PF também conta com o apoio do Ministério Público Federal.

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