ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 29º

Capital

Prefeitura diz que não há proposta em análise para por fim à greve da educação

Antonio Marques | 12/06/2015 16:22
Os professores fazem pressão nas ruas e em frente à Prefeitura, mas secretário diz que não há proposta sendo analisada e a greve continua. (Foto: Marcelo Calazans)
Os professores fazem pressão nas ruas e em frente à Prefeitura, mas secretário diz que não há proposta sendo analisada e a greve continua. (Foto: Marcelo Calazans)

O secretário municipal de Administração Wilson do Prado, que também é interino da pasta da Educação, voltou a dizer na tarde de hoje, 12, que, apesar da pressão dos professores, a Prefeitura não tem como pagar os 13,01% do reajuste exigido pela categoria e que não existe mais proposta para ser analisada, considerando que os 8,5% do Executivo apresentado na segunda-feira, 8, foi rejeitado pelos educadores.

Conforme o secretário, para cumprir o pagamento do índice reivindicado pelos professores seria necessário cortes no orçamento de pelo menos R$ 10 milhões para a readequação das contas à LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), considerando que só o impacto na folha seria de R$ 6,8 milhões.

Pela manhã, Wilson do Prado chegou a fazer um apelo à categoria, durante entrevista no programa Tribuna Livre da Rádio FM Capital, para que ela retornasse à sala de aula, diante do impasse apresentado. Segundo o secretário, das 94 escolas municipais, apenas 45 escolas da Reme (Rede Municipal de Ensino) aderiram ao movimento grevista, outras 14 estariam parcialmente paralisadas e “as demais estariam funcionando normalmente”.

Ele reiterou que os professores estão cobrando o reajuste do piso nacional de 13,01%, que ele considera justo, mas que no momento o impacto na folha de pagamento da Prefeitura avança o limite prudencial de 51,3% da RCL (Receita Corrente Líquida) conforme determina a LRF. “Se desrespeitarmos a legislação, o prefeito corre o risco de perder o mandato e nós vamos responder judicialmente por isso”, comentou.

Impasse - Na última segunda-feira, 8, a Prefeitura apresentou uma proposta à direção do sindicato, que previa o reajuste de 8,5% parcelados até o mês de dezembro de 2015, sendo 0,5% em junho e 1,33% nos meses seguintes, até o final do ano.

Na terça-feira, a categoria rejeitou a proposta do Executivo e sugeriu que os 13,01%, conforme prevê o reajuste anual do piso salarial do magistério, fossem divididos em sete parcelas, sendo 1% para os meses de junho e julho; 2% em agosto, setembro, outubro; e 3,01% em dezembro. Dessa forma a reposição do piso estaria atendida.

Wilson do Prado disse que comunicou a ACP (Sindicato Campo-Grandense de Profissionais em Educação), na tarde dessa quinta-feira, 11, que a proposta da Prefeitura estava mantida. No entanto, após as manifestações dos professores na manhã de hoje, 12, e agora à tarde, Wilson do Prado afirmou que não existe mais proposta sendo analisada. “Se a direção do sindicato voltar atrás e aceitar os 8,5%, vamos voltar à negociação”, reiterou.

O secretário relatou que os estudos de ajustes nas contas do município estão sendo realizados e alguns cortes sendo feitos para o fechamento do balanço do segundo quadrimestre, que vai fechar em agosto. “Hoje não é possível avançar. Em 90 dias faríamos ajustes na contas para verificar a possibilidade”, garantiu ele, sinalizando que a partir de setembro poderia retomar as negociações no sentido de atender a diferença entre o índice oferecido e o reivindicado.

Nos siga no Google Notícias