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Capital

Prefeitura faz ofensiva contra uso da calçada e vai ampliar Bom Pastor

Alan Diógenes | 21/06/2014 10:53
No período noturno, calçadas são usadas como estacionamento e comerciantes colocam cadeiras para clientes se sentarem. (Foto: Marcos Ermínio)
No período noturno, calçadas são usadas como estacionamento e comerciantes colocam cadeiras para clientes se sentarem. (Foto: Marcos Ermínio)

A Prefeitura de Campo Grande começou a informar os comerciantes da Avenida Bom Pastor que a calçada do local sofrerá modificações e será reduzida. A alteração visa ampliar a avenida e amenizar o grande fluxo de veículos na via. Além disso, o poder público vem autuando quem utiliza as calçadas, como os bares e lanchonetes, para colocar mesas e cadeiras.

Dono de uma loja Pet Shop, Antônio Luiz Padilha, de 39 anos, conta que no período noturno ele empresta a calçada em frente ao estabelecimento para um amigo colocar cadeiras para os clientes de uma barraca de lanche poderem se sentar. Outro dia, ele foi notificado pela prefeitura e agora terá que retirar uma licença junto ao órgão para usar a calçada.

Sobre a redução da calçada, ele acredita que a medida deve atrapalhar o comércio. “Antes achávamos que eles não iriam fazer a modificação, mas esses dias os técnicos da prefeitura vieram fazer a medição. Com certeza o comércio da região será prejudicado, por que não haverá mais espaço para as pessoas estacionarem ou se sentarem para fazer uma refeição”, comentou.

Cosmo Eduardo de Oliveira Moisinho, 33 anos, proprietário de um Lava a Jato, também não está satisfeito com a possível mudança. “Minha freguesia vai ficar prejudicada, onde é que vou estacionar os carros já lavados. Desta forma terei que colocar no meio da rua atrapalhando o trânsito. Não há necessidade de tomar uma medida tão radical, como reduzir a calçada, por que o grande fluxo de veículos é somente no período noturno e não durante o dia todo”, explicou.

Antônio foi notificado pela prefeitura e terá que retirar licença para usar utilizar calçada no período noturno. (Foto: Marcos Ermínio)
Antônio foi notificado pela prefeitura e terá que retirar licença para usar utilizar calçada no período noturno. (Foto: Marcos Ermínio)
Carlos acredita que calçadas não estão prejudicando ninguém. (Foto: Marcos Ermínio)
Carlos acredita que calçadas não estão prejudicando ninguém. (Foto: Marcos Ermínio)

Apesar de ser dono de um restaurante, Carlos Martins, 45, afirmou que o movimento de veículos aumentou na rua de uns anos para cá por causa do crescimento de estabelecimentos gastronômicos. Mas, para ele as calçadas não estão atrapalhando. “Sem as calçadas as pessoas não irão ter onde estacionar e por isso não irão evitar frequentar os restaurantes daqui. Prefiro deixar como está, que não tem prejudicado ninguém”, salientou.

Contrariando a opinião da maioria dos comerciantes, Paulo Júlio, que há 14 anos trabalhar como cabeleireiro em um salão de beleza situado na rua, quer que as calçadas sejam diminuídas para que a rua fique maior. “A rua está muito movimentada e precisa ser ampliada para comportar o grande número de veículos que passam por aqui durante todo o dia. Retirar uma parte da calçada não vai prejudicar ninguém, ainda assim haverá espaço para o estacionamento e para a colocada de cadeiras nos estabelecimentos”.

Mesmo concordando com a redução das calçadas, Paulo disse que não tem esperança de que a mudança vai acontecer. “Há 14 anos eu escuto falarem dessa mudança e até agora nada foi feito. Acho que eles não irão fazer é nada”, finalizou.

O titular da Seintrha (Secretaria Municipal Infraestrutura, Transporte e Habitação), Semy Ferraz, foi procurado para falar sobre a proposta para ampliar a avenida na manhã de hoje, mas não atendeu as ligações.

Técnicos da prefeitura já fizeram a medição das calçadas para reduzi-las. (Foto: Marcos Ermínio)
Técnicos da prefeitura já fizeram a medição das calçadas para reduzi-las. (Foto: Marcos Ermínio)
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